Nesta terça-feira (18), o cantor, compositor e guitarrista norte-americano Chuck Berry completa 90 anos. A celebração à longevidade de um dos artistas centrais para a música popular do século XX trouxe também uma excelente novidade para os fãs: Berry anunciou hoje, por meio de suas redes sociais, que lançará, no início de 2017, um álbum de composições inéditas encerrando um hiato que vem desde 1979, ano de lançamento de Rock It.
No comunicado, além de antecipar a capa do novo trabalho, Berry comentou que Chuck, título do disco, é uma homenagem a sua mulher. “Este álbum é dedicado à minha amada Toddy. Minha querida, estou envelhecendo! Trabalhei neste álbum por um bom tempo. Agora posso pendurar minhas chuteiras!”, afirmou.
Nascido em Saint Louis, no estado de Missouri, nos Estados Unidos, Charles Edward Anderson Berry, nome de batismo do artista, começou a inscrever seu nome na história em maio de 1955, com o registro, pelo também legendário selo Chess Records, de seu primeiro grande sucesso, a composição Maybellene.
After School Sessions, primeiro álbum do artista, de 1957, abriu caminho para uma discografia que consagrou Berry como um dos patriarcas do rock n’ rool, por meio de clássicos instantâneos, como Roll Over Beethoven, Rock n’ Roll Music, Route 66, Sweet Little Sixteen e Johnny B. Good, composição que traz uma das marcas registradas de seu autor, os poderosos riffs de guitarra.
Determinante para a geração que consolidou o rock como principal porta-voz da juventude dos anos 1960, Berry influenciou bandas como The Who, The Animals, Beach Boys, Byrds, Small Faces, Kinks, Beatles e, sobretudo, os Rolling Stones, discípulos confessos do mestre norte-americano. Sobre ele, certa vez, John Lennon comentou: “Se você tentar dar ao rock n’ roll outro nome, pode chamá-lo de Chuck Berry”.
No Brasil, a influência do músico foi enaltecida por Gilberto Gil na canção Chuck Berry Fields Forever (ouça), registrada no álbum de 1976 do supergrupo Doces Bárbaros, formado por Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia.
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