Em exposição, Panerai resgata trajetória centenária

Exposição reúne 35 modelos da tradicional marca italiana. Foto: Divulgação
Exposição reúne 35 modelos da tradicional marca italiana. Foto: Divulgação

“Ninguém hoje em dia precisa de um relógio para ver as horas”. A constatação vem do brasileiro Julio Sato, diretor para a América Latina e Caribe de uma das marcas mais exclusivas de um produto que, na teoria, não teria mais por que adornar nosso pulso. Se desde os primeiros aparelhos celulares, entregamos a eles a responsabilidade de denotar a contagem do tempo, seria talvez natural que a invenção atribuída a Santos Dummont caísse em desuso. Não é o que acontece. Representante da Panerai, marca da alta relojoaria, Sato acredita que a principal identificação de um cliente com o produto assume a via da satisfação pessoal. “O nosso mercado ainda existe”, pontua.

Em tempos de grande burburinho ao redor dos smartwatches, a Panerai mantém até hoje a mesma vocação que teve início em 1860, quando o italiano Giovanni Panerai abria a primeira oficina da marca em Florença: manter-se atemporal. Tal vocação é mostrada na exposição “The Face of Time”, instalada no shopping JK Iguatemi, em São Paulo e que segue até o dia 29 de outubro em cartaz. Ao todo, 35 relógios resgatam a história e tradição da marca italiana vista até há duas décadas como símbolo exclusivo da Marinha Real italiana. Apesar de sua origem centenária, a marca só veio para consumo do público no início dos anos 1990.

Mas se por décadas, a marinha italiana detinha exclusividade do uso da Panerai, ao mesmo tempo, era ela quem também pautava algumas das inovações mais marcantes da trajetória do relógio. Sob demanda, não só pulseiras foram reforçadas, mas toda uma engenharia sofisticada foi desenvolvida. Da mesma forma, patentes criadas. A primeira delas data de 1916. Com a criação do modelo Radiomir, era patenteada a tecnologia de luminescência, que permite aos ponteiros do relógio se manterem luminosos no escuro.

“A Panerai nasceu como um instrumento profissional. E nesse tempo todo, a preocupação da marca, do produto, era que ele fosse totalmente confiável, de altíssima qualidade dentro daquele propósito, com condições adversas, sob situações de risco”, resume Julio Sato. Entre outras inovações, está a resistência à água. O modelo Luminor Submersible permite ao usuário mergulhos até 2.000 metros de profundidade. Outro mecanismo atribuído à tecnologia Panerai, essencialmente Suíça, é o sistema de corda, que permite independência para oito dias.

A exposição “The Face of Time” também marca o lançamento do novo mecanismo da Panerai, o “P4000″ no relógio Radiomir 1940. Com micro rotor descentralizado e automático, é possível autonomia de três dias. A tecnologia é dominada e produzida por pouquíssimas marcas da alta relojoaria. Aliás, tal exclusividade também recai sobre o preço, já que além do trabalho artesanal e do material nobre, as tiragens de cada modelo raramente ultrapassam a casa de mil unidades.

Desde 2012, São Paulo é, ao lado de Buenos Aires, a segunda cidade da América do Sul a receber uma loja própria da marca que vê na capital um posicionamento estratégico. “Nós sabemos que é o mercado que está em evidência mundialmente há um tempo. Especialmente no mercado de luxo. E a ideia é sempre estar fortalecendo a imagem da marca e esta é uma oportunidade única. O conceito da instalação, mostrar ao público um pouco da história da Panerai através das suas próprias criações”, conclui Sato.

A exposição “The Face of Time” se encontra em cartaz até 29 de outubro.

Serviço

Onde: Shopping JK Iguatemi
Av. Juscelino Kubitscheck, 2.041, Piso Térreo, Itaim Bibi, São Paulo
Entrada Gratuita


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