Eles são ricos em fibras, em Ômega 3, vitaminas, antioxidantes e ácidos graxos. Além de saborosos, os alimentos nutracêuticos – que além dos fatores nutricionais apresentam valores terapêuticos, têm propriedades que estimulam o metabolismo, melhoram o funcionamento do intestino e podem prevenir, inclusive, alguns tipos de câncer. Segundo Karina Coelho, Nutricionista e Mestre em Nutrição Humana Aplicada, esses alimentos podem reduzir o risco de doenças crônicas e auxiliam na manutenção da saúde. No entanto, ela chama a atenção para o fato de não serem totalmente milagrosos.
Os benefícios só são percebidos quando a rotina alimentar incluir o consumo de alimentos de todos os grupos, o que inclui balancear desde cereais, frutas, verduras e até mesmo os doces. “A diferença está na proporção. A inclusão de alimentos ditos nutracêuticos no dia-a-dia é de suma importância, mas as pessoas não precisam fazer disso a base de sua alimentação ou se apegar aos ditos efeitos “mágicos” e com resultados rápido”, aconselha Karina. Na lista a seguir, a nutricionista indica alguns alimentos com propriedades nutritivas que prometem turbinar a sua saúde, fortalecer o sistema imunológico e prevenir algumas doenças.
1. Chocolate amargo
Rico em flavonoides, substâncias que exercem uma atividade antioxidante importante, pois protege o organismo dos radicais livres. De acordo com um estudo britânico, são esses mesmos flavonoides que aumentam o fluxo sanguíneo no cérebro, responsáveis por você sentir mais alerta e acordado, colaborando para o melhor desempenho em tarefas. Outra pesquisa encabeçada por cientistas franceses defendeu que os alimentos ricos em flavonoides também ajudam a desacelerar o declínio das funções cognitivas. A conclusão veio após o estudo acompanhar cerca de 1600 pessoas com média de idade de 77 anos durante uma década.
Como consumir: Um pedaço de 20 a 25 gramas por dia já é suficiente para se beneficiar com as propriedades do chocolate amargo. No entanto, vale lembrar que a concentração de flavonoides e antioxidantes se dá nos chocolates amargos, com o teor de cacau acima dos 50%. Quanto mais amargo, melhor. Atualmente, há versões de chocolates com 80% de cacau.
2. Gengibre
Possui alta atividade antioxidante e anti-inflamatória. Estudos também demonstram que o gengibre pode aumentar o gasto energético. No entanto, a nutricionista Karina Coelho ressalta que na prática isso não se concretiza, pois a ingestão habitual é pequena. “Para ter os ditos efeitos termogênicos, seria necessário o consumo de uma grande quantidade de gengibre”, afirma. O gengibre também é contraindicado para gestantes.
Como consumir: na forma de chá ou temperos.
3. Nozes e oleaginosas
Um estudo recente apontou que o consumo de oleaginosas pode influenciar na longevidade. Segundo Karina, as nozes ou outras sementes similares apresentam ácidos graxos essenciais em sua composição, além de minerais que auxiliam no funcionamento de enzimas antioxidantes. A ingestão habitual também pode ajudar a reduzir o colesterol.
Como consumir: Uma porção de 30 gramas por dia é suficiente para obter os benefícios do alimento. Vale lembrar que por ser um alimento altamente calórico, seu consumo em excesso não é indicado.
4. Goji-berry
Novidade ainda no Brasil, a fruta é consumida pelos orientais há séculos. De origem do sul da Ásia, a fruta por aqui é encontrada em forma desidratada. Suas características nutricionais combinam alta concentração de vitamina C, antioxidantes e fibras, o que segundo Karina Coelho já são motivos suficientes para incluir o alimento na rotina diária. No entanto, a nutricionista chama a atenção para o fato da fruta ter se tornado um modismo nas dietas hipocalóricas. “Afirmar que combate à celulite, emagrece e outros poderes mágicos não devem ser propagados, pois tais resultados dependem de uma combinação de fatores que vai muito além de viver à base dessa fruta”.
Como consumir: uma colher de sopa da fruta desidratada já é suficiente para obter seus benefícios.
5. Chia
Considerado um pseudocereal, a chia tem origem milenar no México e Colômbia, mas só se popularizou por aqui no último ano. Além de ser rica em fibras que auxiliam no bom funcionamento do intestino e provocam sensação de saciedade – retardando o surgimento da fome, a chia apresenta boas concentrações de Ômega 3, o que protege o funcionamento das artérias e ajuda a reduzir os níveis de colesterol ruim e, de quebra, fortalece o coração. É também indicada para aqueles que têm doença celíaca, já que não contém glúten.
Como consumir: a chia aparece nas versões grão, farinha e óleo. Nesta última, os ácidos graxos como o ômega 3 são preservados, no entanto o teor de fibras fica comprometido. Por ser um alimento calórico – uma colher de sopa possui 70 calorias, a chia deve ser usada com moderação. Inclua no tempero de saladas ou incremente o mix de cereais e frutas, como a granola ou aveia, pela manhã.
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