CUT e professores realizam protestos em São Paulo

Em São Paulo, o ato da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em comemoração pelo Dia do Trabalho, reuniu sindicalistas e militantes de movimentos sociais em três pontos da cidade e saíram em caminhada em direção ao Vale do Anhangabau. No local foi montado o palco onde ocorrerão discursos de políticos e lideranças. Um dia antes, professores realizaram assembleia no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e decidem permanecer em greve.

Central Única dos Trabalhadores contra Projeto de Lei 4330

O Projeto de Lei (PL) 4330 de 2004, que regulamenta a terceirização, inclusive da atividade-fim das empresas, é o principal alvo dos protestos. “É acabar com a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho]. Acabar com as férias e a carteira assinada”, disse o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas ao criticar a proposta. O projeto está em tramitação no Congresso Nacional.

Segundo o sindicalista, caso a proposta, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, passe também pelo Senado, as centrais sindicais e movimentos sociais vão se mobilizar para pressionar a presidenta Dilma Rousseff a vetar o projeto. “Nós vamos organizar uma greve geral pelo veto”, ressaltou Freitas sobre os próximos passos, se o PL continuar a avançar.

Participam do evento unificado o Movimento dos Trabalhdores Sem Teto (MTST), a Coordenação Nacional de Entidades Negras, a Marcha Mundial de Mulheres, o Movimento dos Atingidos Por Barragens e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), além da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Assembléia dos professores no Masp 

Os professores da rede pública estadual se reuniram no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na capital paulista, na nesta quinta-feira (30) e decidiram, em nova assembleia, permanecer em greve. A Polícia Militar estimou a presença de mil pessoas no local, por volta das 16h.

Além da manutenção da greve, os professores também votaram por uma nova assembleia na próxima sexta-feira (8), no vão-livre do Masp.  A categoria está em greve desde o dia 13 de março e a principal reivindicação é salarial: eles pedem aumento de 75,33%.

Na próxima semana, no dia 7, os professores têm uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça, a partir das 15h, segundo informou Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, presidente do Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). No dia 13, uma reunião foi marcada pelo governo estadual para tentar encerrar a greve.

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) ingressou com um pedido na Justiça para que a Apeoesp seja multada em R$ 100 mil pelo descumprimento de uma liminar que impedia a entidade de fechar uma rodovia no interior de São Paulo. Na manhã de ontem (29), uma manifestação do sindicato obstruiu a rodovia SP-101, no trecho do km 01, próximo a Campinas. Segundo a presidente do sindicato, a Apeoesp ainda não foi notificada da multa, mas irá recorrer.


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