Governador do Rio defende pena de morte para estupro coletivo

Francisco Dornelles, governador do Rio em exercício - Foto: Agência Brasil
Francisco Dornelles, governador do Rio em exercício – Foto: Agência Brasil

O governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, afirmou na noite de segunda-feira (30) que o crime de estupro coletivo sofrido por uma adolescente de 16 anos numa favela da zona oeste do município do Rio merecia a pena capital: “Se dependesse de mim, ele seria punido com a pena de morte”.

Segundo Dornelles, que se reuniu no domingo com o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, trata-se do mais hediondo dos crimes. Na ocasião,  pediu que todas as medidas fossem tomadas para que haja “a punição mais violenta possível contra essas pessoas que desonraram o Estado do Rio de Janeiro”.

Dornelles garantiu que a polícia está fazendo tudo ao seu alcance para elucidar esse crime e chegar aos culpados: “Ela tem conhecimentos técnicos para fazer (isso)”. O governador em exercício falou sobre o caso na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Em nota divulgada nesta segunda-feira , a Defensoria Pública do Rio de Janeiro comunicou ter assumido a defesa da vítima do estupro coletivo. De acordo com a nota, a adolescente já foi atendida pelas defensoras do Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem), “que passa a acompanhar todos os depoimentos e desdobramentos do caso a partir de agora”.

Também por meio de nota, a subsecretária de Políticas para as Mulheres, da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Marizete Waineraich, se manifestou. De acordo com ela, “mais uma vez nos vemos diante de um crime bárbaro de estupro coletivo. Após a crueldade cometida à adolescente do Piauí um novo caso de estupro coletivo com requintes de crueldade, onde a vítima vem sendo exposta de forma vil e vexatória, ocorreu na cidade do Rio de Janeiro. Como não se indignar diante de tamanha barbárie e humilhação?”

No texto, Marizete disse ainda que, “para piorar, tenho lido comentários que tentam desqualificar a vítima. Eles são tão desprezíveis e violentos quanto o crime cometido. Devemos ter tolerância zero às formas de violência contra a mulher.”

No comunicado, a subsecretária afirmou que “piadas sexistas não devem ser toleradas, muito menos textos de conteúdo misógino, que, além de exceder a repugnância, são criminosos, pois induzem a violência contra a mulher. Vamos nos indignar sim! Vamos nos revoltar sim! Esses crimes precisam ser denunciados, combatidos e punidos”. A subsecretaria de Políticas para as Mulheres tomará todas as providências para amparar a vítima e sua família.

*Com reportagem de Alana Gandra, da Agência Brasil


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