Membros dos Comitês Assessores (CAs) do CNPq estão mobilizados para demonstrar “rechaço público” a um possível corte de Bolsas de Produtividade em Pesquisa e de recursos para Ciência e Tecnologia. Os CAs são comitês formados por pesquisadores renomados para oferecer ao CNPq uma assessoria científico-tecnológica nas análises, julgamentos, seleção e acompanhamento de pedidos de projetos de pesquisa e de formação de recursos humanos.
Segundo o professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Durval Muniz Jr, os Comitês decidiram em reunião que “não participarão de nenhuma maneira de cortes de bolsas por motivos orçamentários”. Segundo nota escrita por Muniz em sua página de Facebook, os comitês concordaram em continuar realizando avaliações normalmente, ranqueando as propostas até o limite numérico de bolsas que cada área já contava.
“Queremos deixar claro que é preciso além de não se materializar o corte nas bolsas de Produtividade, ser reposto o corte de 20% de bolsas de Iniciação Científica e retomado o pagamento, a publicação de resultado e lançamento de novo edital Universal. Sem a preservação desses três pilares toda a política de ciência e tecnologia no país estará comprometida’, diz a nota.
Segundo Muniz, membros dos Comitês de Área foram ao CNPq nessa segunda-feira (17) para o julgamento da demanda de Bolsas de Produtividade em Pesquisa, no qual o técnico da área teria dito que não haveria bolsas novas e teria um corte entre 20% e 30% das bolsas já em vigência e que seriam renovadas. Dada a repercussão da notícia, o presidente interino do CNPq convocou uma reunião com membros dos Comitês Assessores na tarde do mesmo dia para dizer que o governo se esforçaria para que o corte não ocorresse.
Veja abaixo membros dos Comitês Assessores do CNPq, reunidos em Brasília, para consolidar uma nota conjunta marcando posição contra os cortes:
Outro lado
Por meio de nota ,o CNPq disse que nesta semana estão realizando “normalmente” o julgamento das bolsas: “Por não haver, no momento, definição orçamentária da Agência para o ano de 2017, ainda em discussão no Congresso Nacional, não há qualquer definição sobre cortes dessas bolsas”.
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