MTE fecha acordo para inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

Representantes do MTE, Sincovaga e GPA fecham acordo para cotas de deficiêntes no mercado de trabalho-Foto: Henrique Ueta
Representantes do MTE, Sincovaga e GPA fecham acordo para cotas de deficiêntes no mercado de trabalho-Foto: Henrique Ueta

Nessa quinta-feira (2), o Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo (Sincovaga), o Ministério de Trabalho e Emprego (MTE) e o Grupo Pão de Açúcar (GPA) assinaram um acordo inédito para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, que vai preencher totalmente a cota de quatro mil empregados deficientes até 2018.

De acordo com o vice-presidente de Gestão de Gente do GPA, Antonio Salvador, a intenção é passar do dobro do número atual de contratados. “O ineditismo do acordo é o tamanho. Hoje possuímos três mil empregados com deficiência”, disse. Alvaro Salvador, presidente do Sincovaga, reforça que “o GPA é hoje uma das maiores empresas privadas em número de empregados do Brasil, o que deve resultar na abertura de milhares de vagas para pessoas com deficiência em todo o País”.

A Lei de Cotas estabelecer que empresas com 100 ou mais funcionários têm obrigação de preencher de dois a cinco por cento de seus cargos com pessoas deficientes. Porém, muitas delas não cumprem a obrigação argumentando de que não há mão de obra qualificada, segundo José Carlos do Carmo, Auditor Fiscal do Trabalho e Coordenador do Projeto Estadual de Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho da Secretaria Regional de São Paulo. 

“A população com deficiência que trabalha é muito maior do que a população do que a população empregada. Tem gente com deficiência trabalhando, o que eles não têm é carteira de trabalho assinada”, afirma. Segundo o Censo 2010, divulgado em 2012, do total de 86,4 milhões de pessoas empregadas, 23,6% eram pessoas com alguma deficiência e, deste número, 46,20% estavam ocupadas, ou seja, eram pessoas economicamente ativas na população. “Isso coloca por água abaixo do os argumentos das empresas de que não tem gente com deficiência pronta ou querendo trabalhar”, aponta Carmo. 


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