Polícia cumpre mandados de prisão contra acusados de fraudes na merenda em SP

POLÍTICA Fraude na merenda: preso ex-presidente da Assembleia Legislativa Leonel Julio e outros seis investigados foram detidos na manhã desta terça (29) Por: Veja São Paulo29/03/2016 às 08:47 CompartilheCompartilheCompartilhe Assembleia Legislativa de São Paulo Assembleia Legislativa de São Paulo (Foto: Divulgação) O ex-presidente da Alesp Leonel Julio foi detido na manhã desta terça sob suspeita de participar do esquema de fraude na merenda das escolas públicas estaduais. Foto: Marcia Yamamoto/ Fotos Públicas (13 de janeiro de 2014)
O ex-presidente da Alesp Leonel Julio foi detido na manhã desta terça sob suspeita de participar do esquema de fraude na merenda das escolas públicas estaduais. Foto: Marcia Yamamoto/ Fotos Públicas (13 de janeiro de 2014)

A Polícia Civil cumpriu, na manhã desta segunda-feira (29), sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, na segunda fase da Operação Alba Branca, em São Paulo. Os alvos das ações são suspeitos de participar de um esquema de fraudes nos contratos para fornecimento de merenda para escolas da rede pública de ensino. Entre os presos está o ex-deputado estadual Leonel Júlio, que chegou a ser presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo na década de 1970.

O filho de Leonel, Marcel Ferreira Júlio, é considerado foragido. Além de três prisões na capital paulista, foram cumpridos mandatos em Bebedouro e Campinas, no interior do estado.

Segundo as investigações, o esquema, que envolvia o pagamento de propina a agentes públicos, era liderado pela Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), que mantinha contratos para fornecimento de alimentos com diversas prefeituras. A empresa é acusada de fraudar a modalidade de compra “chamada pública”, que pressupõe a aquisição de produtos de pequenos produtores agrícolas. A empresa cadastrou cerca de mil pequenos produtores, mas comprava de apenas 30 ou 40 deles, e adquiria também de grandes produtores e na central de abastecimento do estado, informou o MP.

O presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez (PSDB), e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo estadual Luiz Roberto dos Santos, conhecido como Moita, estão entre os investigados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual de São Paulo. Em fevereiro, o desembargador Sérgio Rui da Fonseca, do Tribunal de Justiça de São Paulo, decretou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Capez.


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