Temer diz que massacre em Manaus foi “acidente”

Foto: EBC
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Após três dias de silêncio sobre o massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) em Manaus, Michel Temer chamou hoje (5) ao Palácio do Planalto ministros para discutir a segurança pública no país. Foram ao encontro José Serra (Relações Exteriores), Alexandre de Moraes (Justiça), Raul Jungmann (Defesa), Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional) e Eliseu Padilha (Casa Civil).

Após a reunião, Temer anunciou que, como estratégia de seu governo para melhorar a segurança pública do país, vai liberar R$ 1,8 bilhão para a segurança pública ainda neste primeiro semestre, e outros R$ 800 milhões para a construção de novos presídios, além de laçar o Plano Nacional de Segurança Pública.

Sobre as vítimas do massacre em Manaus, afirmou: “Quero me solidarizar com as famílias que tiveram seus presos vitimados naquele “acidente pavoroso” que ocorreu no presídio de Manaus. Não houve uma responsabilidade objetiva, clara e definida dos agentes estatais, uma vez que os presídios da capital amazonense têm serviços terceirizados”. 

A rebelião no Compaj, no Amazonas, resultou na morte de pelo menos 56 pessoas, no segundo maior massacre em presídios brasileiros, atrás somente de Carandiru, em São Paulo, em 1992. Outros quatro presos morreram na Unidade Prisional de Puraquequara, também em Manaus. O motim teve como consequência a fuga de 184 presos. Desses, 63 já foram recapturados, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas.

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