Nem o PSDB nem o PMDB têm o que comemorar.
Eles não ganharam nada.
Perderam tanto quanto o PT.
Perderam tanto quanto os democratas.
Quem ganhou foi Bolsonaro.
Os sinais foram evidentes.
Os movimentos de extrema-direita que organizaram as manifestações repudiaram políticos de direita moderada, como Aécio e Alckmin, que foram escorraçados, xingados e expulsos da Paulista, mas aplaudiram Bolsonaro, que foi o queridinho da marcha de Brasília, ungido, definitivamente, como seu ídolo.
A extrema-direita, com apoio de patrocinadores declarados, como Organizações Globo, Folha, Estadão, Veja, Fiesp, Habib’s, Riachuelo e outros ocultos, como o Grupo Ultra (Postos Ipiranga), que financia os grupos de extrema-direita tal como financiou, no passado, o DOPS usou milhões de pessoas que foram às ruas como massa de manobra para seu projeto de retorno às trevas.
Os “amarelinhos” não têm culpa.
Os “amarelinhos” são pessoas de bem.
Os “amarelinhos” acham, sinceramente, que o grande problema do Brasil é o PT e que, sendo exterminado, terão fim os problemas.
Os “amarelinhos” querem o fim da corrupção. Não mais do que isso. Não sabem o que querem além disso.
A extrema-direita, no entanto, sabe o que quer: destruir todos políticos que não são de extrema-direita e tomar o poder com o apoio de Moros e Conserinos (Joaquim Barbosa não serve.)
Está cada vez mais claro que a luta política atual que, na aparência, se resume na queda de braço e no vale tudo entre PT versus PMDB e PSDB tem, como pano de fundo, um projeto da extrema-direita de voltar ao poder.
E ela sabe que agora não pode contar com os militares, que cumprem seu papel constitucional de defender a democracia, e, em consequência um governo legitimamente eleito.
Os militares são, agora, guardiões da legalidade.
E seu comandante-em-chefe é a presidente Dilma.
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