Diário da política: Nem russo nem mano

Foto: Reprodução/Instargam/@celsorussomanno
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É a esculhambação da política. Grassa, no Brasil, a praga dos famosos da TV que querem virar prefeitos. Têm ibope, dizem as pesquisas. Mas por que diabos eleitores acham que quem faz sucesso na TV vai fazer sucesso na prefeitura?! Por que acham que o sujeito que as defende como consumidores vai defendê-los como cidadãos? Não percebem que se os elegerem prefeitos vão perder seu defensor da TV e deixar de ganhar um bom prefeito? Saber falar bem na TV não garante sabedoria política nem vocação para o serviço público. Os eleitores ainda não entenderam – será? – que a televisão é uma coisa e vida real é outra? Quando elegem seu favorito na pesquisa estão elegendo o cara da TV não o cara da prefeitura. São dois caras diferentes. O cara da TV é um Robin Hood destemido. Um cidadão acima de qualquer suspeita. Ele coloca os outros sob suspeita, é o paladino da Justiça. É o novo Salomão. O cara do partido é carne e unha com o que há de mais reacionário, mais retrógrado e mais corrupto. Foi aliado de Maluf por muito tempo, e a respeito dele a Interpol já deu seu veredicto, agora trabalha para o oportunista e charlatão Edyr Macedo que alega curar tudo, até câncer, com a força da fé e seu principal aliado, Eduardo Cunha é o corrupto mais notório do país. Dá para confiar num cara assim? O cara é tão falso, mas tão falso que, apesar do sobrenome, não é nem russo nem mano.


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