
Ao zapear, agora há pouco, os canais da minha TV me deparei com uma coletiva ao vivo da presidenta Dilma depois do almoço com a premiê alemã, Angela Merkel. Improvisada como sempre, repórteres de pé em torno dela fazendo perguntas ao mesmo tempo, a presidenta ilhada por microfones. Aquela bagunça. Mas a cena me deu uma sensação muito boa. Primeiro, porque a presidenta estava falando aos jornalistas sem intermediários, no corpo a corpo, sem medo de ser feliz. Segundo, porque, quando perguntaram o que ela achava das declarações de Eduardo Cunha de que não deixa a presidência da Câmara dos Deputados mesmo denunciado pela Lava jato ela saiu-se olimpicamente, declarando que “o Executivo não faz comentários acerca de outros poderes”. Terceiro, porque seus gestos, palavras e expressões mostravam que os dias em que se revelou desnorteada ficaram para trás. Ela recuperou o timão do navio.
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