Desde o Descobrimento do Brasil, em 22 de abril de 1500 (data que será usada para análise do País), até sua Independência, em 7 de setembro de 1822, a educação não é vista como prioridade e não teve o mesmo incentivo que nas demais colônias europeias da América. Reservada à elite dominante e exploradora, sempre esteve voltada para a dominação social em que o ensino era privilégio de alguns. No mapa radical da data do Descobrimento, tem-se a cabeça de dragão em Gêmeos (signo tradicionalmente ligado à educação e à comunicação), significando para onde devemos ir e nosso potencial de independência, e a cauda de dragão em Sagitário (signo ligado ao contato com o estrangeiro), do que devemos nos libertar.
Similar ao processo educacional na Colônia é a história da imprensa no Brasil, que teve seu início em 1808 com a chegada da família Real. Ao contrário dos principais países latino-americanos, o Brasil entrou no século XIX sem tipografia, sem jornais e sem universidades (que contribuíam para a formação do público leitor). Apesar das transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas no País desde esse momento, a situação da imprensa não se alterou e uma série de medidas renovou os dispositivos referentes à censura e à vigilância sobre os impressos, tanto os oriundos da Impressão Régia quanto do exterior.
Em 7 de setembro de 1822, data da Independência, um novo mapa se configura, mostrando com mais ênfase a necessidade de um olhar atento sobre esse tema no País. A casa 3 de um mapa natal é a ligada à educação básica e às comunicações e temos aí Saturno, o planeta da restrição e da necessidade de seriedade e aprofundamento, apontando para o que se tem de mais frágil e exige um esforço constante.
Com o golpe de Estado em 1937, o espaço para o exercício da liberdade de imprensa virtualmente desapareceu e as diferenças políticas regionais foram sufocadas. Urano, planeta da ruptura, fazia uma conjunção com Saturno radical do mapa do Brasil e Saturno transitando, uma conjunção com Urano radical, provocando estagnação e forte repressão.
O golpe militar de abril de 1964 teve também o respaldo editorial da quase totalidade dos jornais brasileiros (outra faceta do mesmo Saturno, só que agora mostrando como a grande imprensa no Brasil pode ser conservadora e reacionária). Naquele momento Plutão (planeta que pode transformar ou matar e abortar), em trânsito e conjunção a Mercúrio radical (o comunicador), marcou uma mudança profunda na educação e na vida dos jovens do País, assim como um período sombrio para o exercício da liberdade de imprensa.
Para alguns historiadores, o restabelecimento da democracia completou-se com a primeira eleição direta para presidente da República, em 1989. Mas foi a Constituição de 1988 que marcou o princípio da liberdade de imprensa como nenhuma outra. O trânsito de Urano e Saturno na casa 11 do País, um sextil de Plutão com o Sol e o retorno de Júpiter, abriam novas esperanças para consolidação de nossa democracia.
Ainda é difícil mensurar as consequências do golpe do dia 17 de abril na ainda jovem democracia brasileira, mas certamente representou o ataque de setores conservadores ao processo democrático, selado na Constituição de 1988. Mais uma vez a mídia conservadora exerce seu poder por meio da informação ou da falta dela. Novamente percebemos a faceta reacionária e mantenedora de um status quo que Saturno, na casa 3, confere ao Brasil.
No segundo semestre deste ano, dois eclipses vão impactar a vida dos brasileiros: o solar, em 1 de setembro, e o lunar, em 16 de setembro. Seus efeitos perduram por seis meses, período em que deveremos estar atentos aos novos acordos políticos, à crise econômica e à convocação de novas eleições.
“Nossa necessidade de paz é como a água para o deserto, como o vento para o veleiro, como o fluxo é para o rio. Se o rio não fluir torna-se entupido e sujo. Ele precisa fluir para se manter limpo.”
Prem Rawat
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