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Repercutiu na imprensa universal o resultado da eleição de Miss Bumbum Brasil 2013. A nova rainha do glúteo é a goiana Dai Macedo, de 23 anos. Antes dela depositar seus atributos no trono, jornais e sites já acompanhavam com sofreguidão as marchas e contra marchas da contenda. Contaram e conferiram todas as rugas do affair. Intrigas e o lado escuro do assunto foram expostos ao sol. Desnudou-se uma conspiração para dar o título a duas outras concorrentes – talvez um cedro para cada gomo – para as candidatas Mari Sousa e Eliana Amaral. Esbravejou-se que no país até em concurso de bunda tinha corrupção.

O suposto mensalão do derrièr envolveria propinas de até US$ 32 mil. Uma bagatela, diga-se, já que a popozuda garantirá poupança gorda com a assinatura de contratos de publicidade e apresentações em eventos. A maracutaia foi descoberta e denunciada pelo jornal “O Dia”, que foi a fundo na questão. Mas, felizmente para a torcida canarinho, a perfídia melou. Venceu quem tinha nádegas melhor proporcionadas.

Isso a imprensa universal não vê. Preferem as pequenas ironias e grandes maldades. Atitude que não leva em conta a seriedade com que os brasileiros levam a questão da lomba. Seria o caso de, num ato de vingança, os escribas nacionais passassem a torpedear os vários concursos de Miss Seios, Miss Pernas, Miss Pés, que são promovidos às mãos cheias por outros povos. Isso, é claro, para nem começar a falar nos livros de recordes que tabulam quem tem as maiores unhas, cabelos, barbas e outras excrescências. Mas, como se sabe, somos uma gente pacífica e generosa: não metemos o nariz onde não somos chamados.

Porém, acredito, tudo isso ficará para trás quando a formosa Daí for ao estrangeiro exibir sua majestade. Sim, porque ela estará arrebitando e arrebentando em palcos americanos, franceses, espanhóis, portugueses e, não custa sonhar, coreanos e nepaleses. Os cirurgiões plásticos dessas nações já exportam rolhas dos melhores champagnes, em celebração antecipada aos pedidos de argumentação de glúteos, mulheres que obedecerão ao grito da moda atual (bundas brasileiras para todas). Será gasta quantidade de silicone suficiente para impermeabilizar o território do Alasca. A lordose é nossa maior contribuição para a globalização.

Falta criatividade ao governo federal para criar já um sistema de garantia de qualidade, como o D.O.C.G dos vinhos, ou o Prime Rib Blue Ribow das costelas de vaca do Texas. Seria um selo de aprovação aquinhoado ao traseiro com padrões exigidos pelos brasileiros. E com distinções: orgânica (criada naturalmente) ou artificial (tipo McBunda).

Com orgulho podemos dizer que este Bumbum 2013 é limpo. Não teve a sujeirada sugerida nos tabloides gringos. E se foi assim agora, imagine na Copa!


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