Os tradutores de português nos Estados Unidos tiveram uma trabalheira danada depois de domingo, dia 17. Foram chamados às pressas para colocar em inglês as manifestações pré-votos na Câmara dos Deputados brasileiros pelo impeachment da presidente Dilma. As emissoras de televisão mostraram, com legendas, aquilo a que chamaram de “carnaval” no Congresso Nacional. Sobraram gargalhadas de âncoras e comentaristas.
A imprensa americana, mergulhada nas importantíssimas eleições prévias partidárias de Nova York, agradeceu o interlúdio cômico proporcionado pelos políticos enterteiners do baixo Equador.
Causaram espécie os votos -ou seriam ex-votos?- oferecidos a bichos de estimação dos nobres deputados, ou aos filhos, esposas, Deus e a outros homenageados. Destacou-se também, na fartura de confetes, as fantasias reveladoras dos grupos de preferência de cada um, a coreografia jubilosa comparada às evoluções nos ritos momescos.
E, apesar da chacota dos jornalistas, houve certa unanimidade em tachar o espetáculo como “golpe parlamentar”. Parlamento este, notaram, onde 298 deputados -entre 513 legisladores da Casa- respondem ou já foram condenados em algum processo na Justiça.
A pilhéria na mídia americana volta a estabelecer o Brasil na categoria de Republica de Bananas.
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