BCE faz tacada histórica que pode beneficiar o Brasil

O Banco Central Europeu anunciou nesta manhã uma decisão que pode mudar totalmente o ritmo da economia da região no futuro. Vai comprar, por mês, 60 bilhões de euros de dívidas dos países pertencentes à zona do euro até o fim de setembro de 2016. A operação totalizará 1,140 trilhão de euros. A medida – chamada de quantitative easing (QE)– já foi usada pelos Estados Unidos e deu certo. 

O objetivo é evitar a estagflação – inflação associada à estagnação – da economia. Colocando dinheiro na roda, os governos gastarão mais e a população também se sentirá impelida a consumir. O banco que não emprestar ao consumidor vai amargurar com um prejuízo de 0,2% por dia, cobrado do BCE.

Mais cedo, o BCE manteve a taxa de juros básica em 0,05% ao ano. O QE foi necessário porque reduzir juros já não adianta nada na zona do euro. Neste estado da economia, a política monetária é ineficaz.

E o Brasil com isso? Trata-se de uma excelente notícia. Deve sobrar dinheiro na Europa em busca de boa remuneração. Nossa taxa básica foi elevada ontem para 12,25% ao ano. Sopa no mel, se os investidores internacionais confiarem em nossa capacidade de pagamento. Adicionalmente, a atração de dinheiro estrangeiro fará baixar o preço do dólar, o que tende a aliviar a inflação.

É a primeira boa notícia do ano.


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