Sai Roberto Saviano, entram Ioan Grillo e Diego Osorno

Ioan Grillo e Diego Osorno - Foto: Divulgação
Ioan Grillo e Diego Osorno – Foto: Divulgação

Roberto Saviano não vem mais a Flip, mas foi substituído por dois nomes de peso: os jornalistas Ioan Grillo e Diego Osorno. Sendo assim, a mesa 16, programada para o sábado (4), passa a ser chamar”Jornalismo de guerrilha”. 

Mudam os autores, mas o tema segue parecido. A dupla é especializada na cobertura da guerra entre os cartéis mexicanos de traficantes de drogas. Ou seja, sabem bem da dificuldade de exercer o jornalismo em uma situação de risco, igual Saviano. 

Além de jornalismo, o foco da mesa será o debate sobre sobre drogas, violência, degradação urbana a partir da criminalidade, temas importantes para os brasileiros no atual momento, como ressaltou o curador Paulo Werneck. 

Os autores

O britânico Ioan Grillo  participou de importantes coberturas na América Latina, como o terremoto no Haiti, as disputas políticas na Nicarágua e a incessante emigração mexicana para os Estados Unidos. Radicado na Cidade do México, publicou em 2011 o seu primeiro livro, El Narco – Inside Mexico’s Criminal Insurgency , reportagem sobre a guerra entre os cartéis de traficantes de drogas que impressiona pela quantidade de cenas de crimes, assassinatos e cenas de barbárie que Grillo apurou ou testemunhou na linha de frente. É correspondente sênior do GlobalPost e das revistas Time e Letras Libres . Prepara o lançamento de Gangster Warlords: Drug Dollars, Killing Fields and the New Politics of Latin America, que focaliza quatro facções criminosas do continente: Los Caballeros Templarios (México), Shower Posse (Jamaica), Mara Salvatrucha (Honduras) e Comando Vermelho (Brasil).

Diego Enrique Osorno publicou diversos livros de crónicas – como são conhecidas no mundo hispânico as reportagens de fôlego — sobre os conflitos sociais no México, em especial a guerra dos cartéis de drogas: Oaxaca sitiada (2007), El Cártel de Sinaloa (2009), La Guerra de Los Zetas (2012), entre outros. Recebeu o Prêmio Latino-Americano de Jornalismo sobre Drogas, o Prêmio Internacional de Jornalismo, por ocasião dos 35 anos da revista mexicana Proceso , e foi selecionado pela FNPI (Fundação Gabriel García Márquez) entre os Nuevos Cronistas de Indias, grupo que reúne a elite do jornalismo narrativo latino-americano. Integrou a comissão da verdade sobre violações de direitos humanos em Oaxaca. Dirige a revista semanal El Barrio Antiguo.


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