Niko, Felix e Eron.
Niko, Felix e Eron.

Se fosse para seguir uma lógica, o comentário de hoje poderia ser sobre a ação da Polícia Civil na Cracolândia ou as manifestações do último final de semana, em São Paulo. Mas hoje o assunto é a novela das 21h da Globo, Amor à Vida, que termina nesta sexta (31), com a expectativa de mostrar o primeiro casamento gay da televisão brasileira. A ver. Independente disso, essa é uma novela que narra um triângulo amoroso entre três homens bonitos e decentes. Bem, Félix, vivido por Mateus Solano, não é exatamente assim. Ele jogou uma criança recém-nascida numa caçamba, roubou pessoas, prejudicou outras tantas. Era rico e ficou pobre, comeu o pão que o diabo amassou e, com a ajuda de Márcia (personagem de Elisabeth Savalla), foi se “regenerando” e acabou perdoado pela opinião pública. Mas o que muita gente não engole é o fato de ele, o próprio Félix, ser parte dessa trinca afetiva vivida por Nico (Thiago Fragoso) e Eron (Marcelo Antony) – aliás, os dois estão sensacionais na trama.

Semana passada,  o colunista Adroaldo Streck, do jornal O Sul, de Porto Alegre, escreveu: “A Rede Globo de Televisão está terminando uma novela com a maior quilometragem de homossexuais por metro quadrado. Repito: não tenho nada contra o homossexualismo. Uma doença que sempre existiu, desde que o mundo é mundo. O que não me parece pertinente é a maneira como uma poderosa rede de TV insiste no tema. Estão querendo ‘homossexualizar’ o País na marra?”. Ele, assim como outro colega que parece não entender nada sobre varejo, foi achincalhado nas redes sociais, ainda não sabe que homossexualidade não é doença. É uma história mais que possível – conheço uma dezena de homens e mulheres que vivem questões semelhantes. 


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