Marco Luque, um dos homens da bancada do programa CQC, da Band, reestreou ontem, 20 de março, seu novo espetáculo. O hilariante Labutaria entrou em cartaz no teatro Procópio Ferreira, em São Paulo.
Estranhou o nome? Calma, não pense em besteira. Labutaria remete a labuta, trabalho. E que lugar melhor do que São Paulo, a cidade que não dorme, para falar sobre isso? Podemos dizer que o espetáculo é praticamente um monólogo. Até há diálogos, mas é entre Marco Luque e Marco Luque. O versátil comediante apresenta ao público cinco personagens interpretados por ele, todos trabalhadores, caricaturas do nosso dia a dia. “Procuro fazer a piada em cima do nosso cotidiano mesmo, com essa galera que vemos todo o dia”, revelou em conversa com a imprensa pouco antes de subir ao palco.
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A mais famosa de suas personagens é, com certeza, o motoboy Jackson Five que, na linguagem característica conhecida por todos, retrata os “perrengues” que esses trabalhadores são obrigados a se submeter em sua rotina. Quando perguntado sobre a reação que esses profissionais tinham ao encontrar com ele, Luque não perdeu a piada: “Eles só falam: ‘É nóis, mano’”.
Quem subiu ao palco e virou uma espécie de “mestre de cerimônias” do espetáculo foi Betonera, sua mais nova cria. O figura é um paulistanão da gema, sotaque puxado da Móoca, hiperativo, sempre querendo aprontar alguma. No papel, Betonera está fazendo uns bicos como staff no Procópio Ferreira e, por isso, era o encarregado de organizar as apresentações, até interagindo com “os outros atores”, por meio de gravações de vídeo, é claro.
Na sequência, Mustafary, um hippie rastafari, foi chamado para contar um pouco de sua ideologia paz e amor. E, para a plateia, muita enrolação e risada. Teve também o Silas Simplesmente, um taxista bem irreverente. Segundo o próprio, parou de atender meros mortais como eu e você, e agora só responde celebridades em seu possante adaptado, com sofá, poltrona, geladeira e até um globo de luz bem ao estilo disco. Muito chique.
O já famoso Jackson Five também contou um pouco dos causos da vida de um motoboy vida louca, destratado por todos, desde motoristas até recepcionistas de escritórios. Para terminar o divertido show de uma única estrela, em caracterização impagável, Maria do Socorro, ou Mary Help, como ela gosta de ser chamada, fofocou com o público algumas de suas histórias como diarista. Aliás, ela se define “empregada terceirizada”, já que tem três empregos. Nessa lógica, no Labutaria, Marco Luque seria um artista “quinteirizado”.
Serviço:
O que: Labutaria
Onde: Teatro Procópio Ferreira, Rua Augusta 2823
Quando: todas as terças-feiras entre 20/03/2012 e 24/04/2012 às 21h
Quanto: R$ 70,00
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