Fábio Moon e Gabriel Bá conquistam novo Eisner, o Oscar dos quadrinhos

Os irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá exibem as estatuetas do Prêmio Eisner. Foto: Reprodução / Facebook
Os irmãos Gabriel Bá e Fábio Moon exibem a premiação conquistada com a adaptação de Dois Irmãos, de Milton Hatoum. Foto: Reprodução / Facebook

Em cerimônia realizada no último sábado (23), em San Diego, na Califórnia, os irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá conquistaram mais um Prêmio Eisner, desta vez, na categoria Melhor Adaptação de Outro Meio, pela releitura do romance Dois Irmãos, de Milton Hatoum. O anúncio foi feito durante a Comic Con, maior feira de quadrinhos e cultura pop dos Estados Unidos.

Em dupla ou individualmente, em outras duas ocasiões os gêmeos paulistanos receberam a honraria, que é considerada o Oscar dos quadrinhos e leva o nome de um dos maiores cartunistas da história, o mestre norte-americano Will Eisner.

Em 2011, Fábio Moon e Gabriel Bá, de 40 anos, conquistaram o Prêmio Eisner na categoria Melhor Série Limitada por Daytripper. Naquele ano, a premiação impulsionou a obra ao topo da lista de mais vendidos do jornal The New York Times, na categoria quadrinhos. Antes, em 2008, Bá e Moon dividiram estatuetas nas categorias Melhor Série Limitada, por The Umbrella Academy, assinada por Gerard Way e Gabriel Bá, e Melhor Quadrinho Digital, por Sugarshock, de Joss Whedon e Fabio Moon.

No discurso em agradecimento ao novo Eisner, os gêmeos enfatizaram a importância do romance de Hatoum e recomendaram sua leitura àqueles que apreciaram a adaptação. Em julho de 2015, o escritor manauara falou à Brasileiros pela segunda vez (leia a primeira entrevista). Na conversa, Hatoum avaliou a releitura de Dois Irmãos e detalhou parte do processo metódico de produção de Fábio e Gabriel.

“Gostei muito. É outra linguagem. Tem uma coisa interessante nos quadrinhos que é exatamente o silêncio, as imagens que não precisam de palavras e isso para mim é um ponto alto do livro. Reconheci muitas coisas da minha infância. Eles foram para Manaus, ficaram quatro anos fazendo esse trabalho. Fiz um mapa para eles com indicações dos lugares do romance, o que ainda existe, o que foi destruído. Eu dizia: ‘Olha, eu andava nessa praça, estudei nesse colégio, frequentei a cidade flutuante, que não existe mais’. E eles foram lá, conheceram, desenharam, fotografaram, conversaram com as pessoas, comeram os peixes, entraram na cultura local.”

Cartaz com o anúncio da premiação em San Diego. Foto: Reprodução / Facebook
Cartaz com o anúncio da premiação em San Diego. Foto: Reprodução / Facebook

Leia a entrevista, na íntegra.


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