Grupo Corpo apresenta nova turnê com dois espetáculos já consagrados

"Lecuona". Foto:Jose Luiz Pederneiras
“Lecuona”. Foto:Jose Luiz Pederneiras

Depois de comemorar 40 anos no ano passado, o famoso Grupo Corpo volta aos palcos com uma nova turnê.  O grupo apresentará dois espetáculos já consagrados: Lecuona (2004) e Dança Sinfônica (2015). Ambos são assinados pelo coreógrafo Rodrigo Pederneiras, um dos fundadores do grupo. Os dois espetáculos estreiam nesta quinta-feira no Teatro Alfa, em São Paulo, e seguem para Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Com um intervalo de 11 anos, as duas apresentações revelam a evolução da linguagem do grupo, que apresenta um vocabulário próprio, reconhecido dentro e fora do País. Em Lecuona, o grupo inspirou-se nas canções de Ernesto Lecuona, um dos ícones da música cubana. São 12 pas-de-deux,trecho do ballet dançado por um bailarino e uma bailarina, que representam diversas facetas do amor. O cenário de luz criado por Paulo Pederneiras delimita o espaço cênico através de cubos luminosos monocromáticos, que se deslocam na caixa-preta conforme o vai-da-dança do par romântico da vez.

Dança Sinfônica  tem um tom memorialista, contando com  uma obra sinfônica criada especialmente para a companhia, por Marco Antônio Guimarães. O espetáculo foi organizado para celebrar os 40 anos do grupo e apresenta um compilado de peças inéditas e passagens musicais evocativas de balés que marcaram a história recente do Corpo. A homenagem coreográfica se estende ao cenário, um painel com fotos de todas as pessoas que fizeram parte da história do grupo. A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais é responsável pela música.

Fundado em 1975, o Grupo Corpo, consagrou-se como uma das melhores companhias de dança do planeta. Com apenas um ano de vida, conheceu o sucesso internacional com a primeira peça (Maria, Maria), musicada por Milton Nascimento, roteiro de seu parceiro Fernando Brant e coreografia do argentino Oscar Araiz. Desde então, apresentou sucessos como Benguelê e Sem Mim. Em entrevista à Brasileiros, no ano passado, Rodrigo Pederneiras afirmou: “O ser humano é a nossa maior preocupação. Somos assim, meio socialistas na filosofia e no jeito de funcionar. Tanto é que os ganhos dos diretores do Corpo somente são reajustados se for possível aumentar também os de todo o pessoal, e os salários dos bailarinos são definidos em função do tempo de casa de cada um e não por critérios aleatórios”. Leia neste link a matéria sobre a comemoração de 40 anos do grupo.

Abaixo vídeo do espetáculo Lecuona:


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