A importância do Montblanc de la Culture Arts Patronage Awards, segundo Rodrigo Santoro

O ator Rodrigo Santoro, um dos 48 jurados internacionais do prêmio
O ator Rodrigo Santoro, um dos 48 jurados internacionais do Montblanc de la Culture Arts Patronage Awards. Foto: Divulgação / Montblanc

No momento festivo em que celebra 25 anos da criação do Prêmio Montblanc de la Culture Arts Patronage – uma iniciativa da Fundação Cultural Montblanc, também criada em 1992 –, a marca alemã organiza a primeira edição do evento no Brasil. 

Ao longo de sua trajetória, a premiação já consagrou o trabalho de 230 patronos culturais e distribuiu mais de 4 milhões de euros para apoiar iniciativas de mecenato nos 16 países em que a empresa está presente – Alemanha, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Hong Kong, Itália, Japão, México, Rússia, Reino Unido, Suíça e, agora, o Brasil.

Composto por três personalidades de diferentes áreas em cada um dos 16 países onde o prêmio é organizado, o júri internacional, que avaliou as 48 nomeações ao redor do mundo e escolheu os vencedores, é formado, no Brasil, por Rodrigo Santoro, ator consagrado em filmes nacionais, como Bicho de Sete Cabeças e Carandiru, e estrangeiros, como 300 e Ben-Hur, o cantor lírico Paulo Abrão Esper, idealizador do Festival Nacional de Canto Aldo Baldin e do Cia. Ópera São Paulo International Festival, e a publisher da revista ARTE!Brasileiros e CEO da Brasileiros Editora, a educadora Patricia Rousseaux.   

Os finalistas nacionais da primeira edição do Prêmio Montblanc de La Culture Arts Patronage são: o maestro João Carlos Martins, criador da Fundação Filarmônica Bachiana, que forma jovens músicos em São Paulo; Bernardo Paz, fundador do Instituto Inhotim, instituição de arte contemporânea sediada no município de Brumadinho, em Minas Gerais; e os cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, que há 21 anos deram início à itinerância do Cine Mambembe, projeto que leva gratuitamente às populações dos locais mais remotos do Brasil a projeção de filmes.

A cerimônia de entrega do prêmio será realizada no dia 7 de junho, em São Paulo, com a presença de Alain Dos Santos, Manager Director Montblanc Brasil, e Jerôme Lambert, CEO da Montblanc International.  

A seguir, os jurados brasileiros mensuram a importância de a Montblanc trazer a premiação para o País. 

“Como artista e embaixador da Montblanc no Brasil, foi uma honra participar da escolha do projeto que vai incluir o País definitivamente no grupo de nações que recebem o Prêmio Montblanc de la Culture Arts Patronage. Como o próprio nome diz, o prêmio é um reconhecimento da dedicação e esforço de pessoas comprometidas com o desenvolvimento das artes e da cultura, nos mais diferentes países. Como membro do júri internacional que elegeu os 16 projetos vencedores de 2016, pude ver que eles foram muito bem selecionados, buscando identificar em cada um o nível de envolvimento da pessoa que idealizou e cuida do projeto em si, que a Montblanc chama de ‘patronos das artes atuais’, bem como da preocupação em expandir os limites da arte e da cultura para além de galerias e museus. No caso específico do Brasil, os três projetos indicados têm muito claro o objetivo de levar arte e cultura para todas os espaços, aproximando as pessoas do cinema de qualidade, da música de qualidade e das artes plásticas contemporâneas da mais alta qualidade. Espero que a inclusão do Brasil na lista de países premiados incentive mais pessoas a apoiar e patrocinar projetos culturais, colaborando para tornar a arte mais acessível em nosso País.”

Rodrigo Santoro

O cantor lírico Paulo Abrão Esper. Foto:  Divulgação / Montblanc
O cantor lírico Paulo Abrão Esper, jurado internacional do Montblanc de la Culture Arts Patronage Awards. Foto: Divulgação / Montblanc

“Os três projetos que foram selecionados no Brasil são uma amostra da versatilidade cultural, vocacional e educativa do País, e também uma seleção da mais alta qualidade artística brasileira, fugindo do eixo Rio/São Paulo, expandindo por Minas Gerais e em muitos outros estados brasileiros. Difícil nossa pontuação como júri em um processo onde todos os mencionados dão provas máximas de excelência, competência e principalmente resultados não somente aos artistas envolvidos, mas ao público que tem acesso aos espetáculos e às exposições. Isso tudo culmina com a iniciativa da Montblanc de trazer este valioso prêmio, por sua importância cultural inestimável, ao Brasil, quando passamos por um momento onde apenas a arte pode nos distanciar dos problemas mundanos, sejam eles de ordem política ou financeira. Uma iniciativa que espero seja invejada, no bom sentido, por outras instituições que possam se espelhar na Montblanc e produzir cultura com este grau de qualidade.”
Paulo Abrão Esper

A educadora Patricia Rousseaux, jurada internacional do Montblanc de la Culture Arts Patronage Awards. Foto: Nellie Solitrenick
A educadora Patricia Rousseaux, jurada internacional do Montblanc de la Culture Arts Patronage Awards. Foto: Nellie Solitrenick

“Como diretora da Brasileiros Editora, uma empresa contemporânea empenhada em mostrar a riqueza da cultura do nosso País assim como em criar pontes com o mundo, foi uma honra ser convidada para participar da avaliação de projetos nacionais e internacionais que se destacam por sua capacidade de incentivar a cultura ao redor do mundo. O Prêmio Montblanc de la Culture Arts Patronage surgiu há 25 anos por uma decisão da Fundação Cultural Montblanc de homenagear a dedicação e o esforço de pessoas comprometidas com a arte contemporânea, as artes cênicas e a música clássica. A lista dos 48 finalistas internacionais e nacionais – entre eles, Michael Quattrone, da Rockfeller Foundation & Hearthfire, Maria Arena Bell, do P.S. Arts, de Los Angeles, a Fundação Louis Roederer da França, Claudia Hakim, da NC-Arte da Colômbia, Giorgio Marconi, fundador do histórico Studio Marconi, em Milão, pioneiro como patrono de arquivos de Man Ray e Sonia Delaunay, e artistas como Lucio Fontana – demonstra a diversidade de iniciativas contempladas com o prêmio, assim como a extrema dificuldade que, nós jurados, tivemos ao avaliá-las, pela visível qualidade de todas elas. Especificamente os projetos finalistas brasileiros são um exemplo de doação e investimento  pessoal dos indicados. Tanto o maestro João Carlos Martins, com a Fundação Filarmônica Bachiana, como os cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, com o projeto itinerante Cine Mambembe, e o criador do Instituto Inhotim, Bernardo Paz, vêm desenvolvendo elogiáveis iniciativas de democratização da cultura. Fiquei sinceramente feliz com a decisão da Montblanc de trazer esta iniciativa para o Brasil.”
Patricia Rousseaux


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