Morre o dramaturgo e diretor Silnei Siqueira

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Morreu neste sábado, dia 21, o encenador, diretor e ator paulistano Silnei Siqueira, sem dados oferecidos sobre sua causa mortis. O País perde um grande nome do teatro, célebre pela montagem de “Morte e Vida Severina”, de Joao Cabral de Melo Neto, premiada no Festival de Teatro em Nancy, na França, como melhor Direção.

Também professor e advogado atuante, participou de mais de 100 montagens, na televisão, programas e telenovelas. Dirigiu as óperas: “ O Guarani”;” Mestre Capela”; “ O Telefone”; “ La Bohème”; “ O Barbeiro de Sevilha” e “Gianni Schicchi”.

Iniciou sua carreira no  teatro amador em 1953, ainda no último ano do 2º grau no Mackenzie; fundou o Grupo de Teatro do Clube Pinheiros, (GTP) (1954 e 1955) e o Teatro Paulista do Estudante (TPE) (1956 e 1957). Ingressou na Escola de Arte Dramática de São Paulo (1958). Ele era bacharel em Direito, fez a Escola de Arte Dramática (EAD), dirigida por Alfredo Mesquita, aquela época.

A Coleção Aplauso trouxe um número dedicado a ele escrito por Leda de Abreu, lá temos seu perfil bem descrito com detalhes ricos. Silnei era simples e de bom gosto, gostava de música, artes plásticas, sua casa e seus amigos  não me contradizem. Homem terno aberto a escutar, um grande leitor, um intlectual de sua área.

Deixa uma história de um grande homem na cronologia  do Teatro Paulista e Nacional com marcas ideléveis. Fez parte de grande instituições ligadas a sua área como o Teatro do Estudante e Teatro de arena de São Paulo.

Aimar Labaki, dramaturgo e diretor, ouvido pela Brasileiros assim se coloca: “Silnei Siqueira foi um dos profissionais mais dedicados, educados e generosos que conheci. Seu nome era imediatamente relacionado à histórica montagem original de ‘Morte e Vida Severina’, poema de João Cabral de Melo Neto, com músicas de Chico Buarque de Holanda, nos anos 60.  O que é quase uma injustiça, já que nunca parou de dirigir, de uma maneira e de outra, principalmente autores brasileiros – e muitos paulistas. Na última década, remontou vários textos do esquecido dramaturgo Abílio Pereira de Almeida, de quem deixa uma biografia. Talvez tivesse uma carreira ainda mais brilhante, caso não houvesse sempre se dividido entre o Teatro e a vida como profissional do Direito, de onde tirou o sustento da família que formou com a atriz Hedy Siqueira, falecida a pouco mais de um ano. Figura doce, cuja principal marca talvez tenha sido uma grande paixão pelo Teatro”. 

 *Aquí vocêc baixa a obra de Leda Abreu sobre Silnei Siqueira – Coleção Aplauso Imprensa oficial do Estado de Sao Paulo http://bit.ly/1ckFcvn


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