Pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Oxfam International mostra que os 1% mais ricos da população mundial terão sua participação no PIB global crescer de 44% em 2009 para 48% em 2014 e este número pode superar 50% em 2016, se nada for feito para inverter esta trajetória. Os membros desta elite tinham, em 2014, uma riqueza média de R$ 2,7 bilhões por adulto.
O diretor-executivo da Osfavam, Winnie Byanyima, participará do Fórum de Davos, de 21 a 24 de janeiro, com este alerta. Segundo ele, a desigualdade já é excessiva em um mundo onde um em cada nove habitantes não tem comida suficiente e mais de um bilhão ainda vive com menos de R$ 1,25 por dia.
Mas a concentração de renda não para aí. Dos 52% restantes em 2014 – foram a participação dos 48% mais bilionários, quase tudo (46%) pertence a um quinto da população global. O restante (cerca de 80% da população) tem uma parcela de apenas 5,5% da riqueza total, com renda média de U$S 3,851 por adulto.
Winnie Byanyima, da diretoria executiva da Oxfam, afirmou: ”Realmente queremos viver em um mundo onde um por cento possui mais do que todo o restante do globo?” “A escala da desigualdade global está disparando e, apesar de o tema estar nas agendas, a distância entre os ricos e os demais está crescendo rapidamente.”
Em tempo: o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai pedir ao Congresso o aumento da taxação dos mais riscos e dos bancos, em discurso previsto para esta terça-feira (20)
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