Pesquisas mostram disputa acirrada em plebiscito na Grécia

Foto: Ingimage
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Faltando apenas dois dias para o plebiscito que pode determinar o futuro da economia da Grécia, aceitando ou não as condições impostas pela União Europeia e pelos credores internacionais, os cidadãos ainda não estão convictos de qual resposta é melhor para os rumos financeiros do país. Prova disso é a mais recente pesquisa, divulgada na manhã desta sexta-feira (3), em que o ‘sim’ aparece com uma vantagem praticamente irrisória. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Preparada pelo Instituto Eco, e divulgada pelo jornal grego Ethnos, a pesquisa aponta que o ‘sim’ teria 44,8 % de intenções de voto, contra 43,4% do ‘não’, ou seja, ainda não se pode cravar uma opinião predominante na Grécia. A margem de erro é de três pontos percentuais, portanto o resultado do plebiscito ainda está completamente aberto. Dois dias atrás o Instituto Pro Rata indicou que a população grega poderia ter sido influenciada pela decisão do governo de restringir os bancos, e, de acordo com a pesquisa, o apoio ao sim cresceu de 30% para 37% após o anúncio do fechamento dos bancos.

O levantamento divulgado no Ethnos mostrou também que, independente da posição no plebiscito, o cidadão grego não quer ver o seu país fora da União Europeia e da zona do Euro. A pesquisa, que entrevistou pouco mais de mil pessoas, mostra que 74% dos gregos querem continuar no bloco e apenas 15% gostariam do retorno da antiga moeda, o Dracma.

Constitucionalidade do plebiscito

Ainda de acordo com o jornal Ethnos, um engenheiro e um advogado contrários à aplicação do plebiscito apresentarão ao Conselho da Europa, nesta sexta, documentos que pedem um ‘congelamento’ da votação através do Supremo Tribunal de Justiça grego. Eles argumentam que o Decreto Presidencial que anunciou o plebiscito é contrário ao artigo 44 da Constituição da Grécia. De com este dispositivo uma questão financeira e orçamentária não poderia ser colocada em uma votação popular.


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