Dia de ficar “doente” na frente da TV

Na nossa contagem regressiva rumo à Copa do Mundo, depois da série especial sobre as nove cidades sede na África do Sul, voltamos a tratar mais de futebol dentro do campo. Hoje, o assunto são os cinco jogos imperdíveis. Se você é apaixonado por futebol, já pode marcar essas datas na agenda (todos os jogos com horário de Brasília) e ir pensando na desculpa que dará ao chefe para não perder nada. Anote aí:
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O confronto entre Argentina e Nigéria já é um clássico do futebol mundial. As duas seleções já decidiram duas finais de Jogos Olímpicos, com uma vitória para cada lado: em 1996, a Nigéria levou o ouro, em Atlanta, nos EUA (vitória por 3 a 2), enquanto que os hermanos deram o troco em Pequim, em 2008 (1 a 0).

Já nas duas vezes em que se enfrentaram em Copas do Mundo, os argentinos levaram a melhor. Mas, acreditem, eles não tiveram muitos motivos para comemorar. O último confronto foi em 2002, no mundial da Coreia do Sul/Japão. Os dois países faziam parte do grupo da morte e, após ganhar da Nigéria (1 a 0), perder para a Inglaterra (1 a 0) e empatar com a Suécia (1 a 1), os argentinos deram adeus na primeira fase do torneio.

A outra vez em que se enfrentaram foi em 1994, nos Estados Unidos, na partida que marcou a despedida de Diego Armando Maradona das Copas do Mundo. O atual técnico da Argentina foi pego no exame antidoping por uso de efedrina. Após 16 anos, Maradona volta à festa mais importante do futebol contra a mesma equipe de sua fatídica despedida.

E para nós, não custa nada ser supersticioso. Nas duas vezes em que as duas equipes caíram no mesmo grupo, o Brasil acabou sendo campeão do torneio.

Esse jogo é imperdível por sua história. A única vez em que as duas seleções se enfrentarem em Copas do Mundo foi em 1950, no Brasil. A Inglaterra estreou em mundiais somente na quarta edição, pois boicotava o torneio. O English Team chegou ao Brasil com status de grande favorito, mas, com a ajuda dos americanos e, mais especificamente, de um haitiano, caiu na primeira fase. O gol da vitória por 1 a 0 foi marcado por Joe Gaetjens, natural do Haiti e que, após defender os EUA em 1950, quase levou seu país natal à Copa de 1954, na Suíça. Outra curiosidade é que o capitão americano naquele dia era Ed Mcllvenny, britânico, natural da Escócia.

O confronto de Belo Horizonte é considerado uma das maiores zebras da história das Copas, senão a maior. Tem até filme contando a história da proeza americana no Brasil, com o nome de Duelo de Campeões (2005).

Atualmente, o futebol, ou soccer, como eles gostam de chamar, evoluiu muito na Terra do Tio Sam. Em 2009, a equipe inclusive chegou à final da Copa das Confederações, com vitória sobre a poderosa Espanha na semifinal e derrota por 3 a 2, de virada na decisão, o que valorizou muito o título do Brasil. Mas será que eles conseguem fazer frente à poderosa Inglaterra de Fabio Capello?

Qualquer jogo envolvendo uma das duas seleções sempre vale a pena ser visto. Um contra o outro então, é imperdível! Holanda e Dinamarca são duas equipes com uma história muito semelhante no futebol. Ambas já revelaram diversos craques para o mundo, já montaram esquadrões invejáveis, mas sempre derrapam na Copa do Mundo. A maior glória das duas equipes foi alcançada na Eurocopa, o maior torneio de seleçõs do velho continente. Em 1988, a Holanda ganhou seu primeiro e único título expressivo, com um esquadrão que contava com Gullit, Koeman, Rijkaard e Marco Van Basten. Na Euro seguinte, em 1992, foi a vez de Dinamarca, comandada pelo excelente goleiro Peter Schmeichel e pelos irmãos Laudrup, passar pela própria Holanda na semifinal e se sagrar campeã do torneio, vencendo a Alemanha na decisão. Será o primeiro encontro entre as duas em mundiais. É o confronto das injustiçadas. Duas seleções que sempre deram muito mais ao futebol do que receberam.

Em 1998, a África do Sul participava de sua primeira Copa do Mundo, na França, e caiu de cara no grupo dos donos da casa. Os franceses não fizeram questão nenhuma de receber bem seus visitantes e logo de cara enfiaram 3 a 0 na fraca seleção sul-africana. Agora, a situação se inverte. A África do Sul joga em casa e a França é a intrusa. Vamos ver se os anfitriões irão devolver na mesma moeda.

Com certeza esse é o objetivo de Carlos Alberto Parreira. O técnico brasileiro não tem boas lembranças da França, já que foram eles os responsáveis pela eliminação do Brasil na última Copa. Parreira assistiu o gol de Henry e o show de Zidane do banco brasileiro. É uma chance de vingar um pouco o orgulho brasileiro, que tanto foi machucado pela França em Copas do Mundo (vide 1986 e 1998).

Com certeza o jogo mais aguardado da primeira fase é o confronto entre Brasil e nossos colonizadores, que daqui levaram o pau-brasil, o ouro, mas nunca conseguiram nos roubar o dom do futebol. Apesar de nossa superioridade histórica nos gramados, quando o assunto é Copa do Mundo, Portugal leva vantagem. A única vez em que as duas seleções se enfrentaram na competição foi em 1966, na Inglaterra, quando o Brasil perdeu por 3 a 1, com direito a dois gols de um inspirado Eusébio, o pantera negra, e muita porrada em cima do Rei Pelé, que deixou o campo contundido.

Outro fato interessante do jogo será analisar o comportamento de dois dos melhores jogadores do planeta: Kaká e Cristiano Ronaldo. Atualmente, as duas estrelas jogam lado a lado no poderoso Real Madrid. A equipe espanhola vai mal das pernas mesmo com o investimento milionário na contratação dos dois jogadores. A Copa pode ser a redenção de um dos dois. Vamos ver quem leva a melhor.

MAIS:
– Confira a tabela completa no iG
– Página especial da Copa do Mundo de 2010 no iG
Site oficial da Copa do Mundo de 2010


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