Após ficar fora em 2006, a Dinamarca surpreendeu e, mesmo desacreditada, conseguiu a classificação para a Copa do Mundo da África do Sul. Agora, tem a responsabilidade de manter uma tradição: em todas as outras três Copas em que participaram, os dinamarqueses nunca caíram na primeira fase. [nggallery id=14298] Para não derrubar essa escrita, a equipe e os torcedores confiam inteiramente em Morten Olsen. Com a Copa de 2010, o treinador vai somar simplesmente três presenças das quatro participações do país em mundiais. Na primeira da história, em 1986, Olsen era o zagueiro titular da equipe que seis anos depois venceria a Eurocopa e receberia o apelido de Dinamáquina. Em 2002, já como técnico, comandou a equipe na Copa da Coreia do Sul e do Japão. Olsen só não esteve na Copa de 1998, na França, em que a Dinamarca foi comandada por Bo Johansson.Há 10 anos à frente da seleção nacional, Olsen viveu um momento de idolatria da torcida durante a primeira metade da década, pois levou a Dinamarca tanto para a Copa do Mundo de 2002 quanto para a Eurocopa de 2004. Depois, falhou em levar a seleção para a Copa de 2006, mas foi prestigiado e mantido no cargo. As eliminatórias para a Eurocopa 2008 vieram e mais um insucesso fez o técnico balançar pela primeira vez em seu longo reinado. Mesmo assim, a Federação Dinamarquesa resolveu confiar novamente em um personagem que tantas alegrias já deu para a torcida. Olsen entrou nas eliminatórias para a Copa de 2010 pressionado.A Dinamarca foi sorteada no grupo 1, junto com Portugal, Suécia, Albânia, Malta e Hungria. Um grupo disputado. Logo na segunda partida, o time demonstrou que não venderia a vaga facilmente. Enfrentou Portugal em Lisboa e saiu com um excelente resultado. A cinco minutos do término do jogo, a seleção lusa vencia por 1 a 0, quando Bendtner deixou tudo igual. Um minuto depois, Deco marcou de pênalti e praticamente deu números finais a partida. Mostrando uma superação inacreditável, a Dinamarca conseguiu dois gols nos acréscimos e saiu com a vitória que daria o gás necessário para a classificação.A seleção de Olsen foi muito competente nos jogos decisivos, contra Suécia e Portugal. Nas duas vezes em que enfrentou os vizinhos nórdicos, tanto em casa quanto fora, venceu pelo placar mínimo. Contra os portugueses, além da vitória em Lisboa, conseguiu um empate jogando na Dinamarca.No final, a equipe de Olsen conquistou a única vaga direta para a Copa de 2010, forçando Portugal a passar pela repescagem antes de carimbar o passaporte para a África do Sul (os lusos passaram por Bósnia e Herzegovina, com duas vitórias pelo placar mínimo). Já a Suécia, quatro vezes semifinalista em Copas do Mundo, dessa vez ficou de fora do torneio mais importante do planeta.Sem muitos destaques individuais, a Dinamarca conta com uma equipe operária e esforçada para alcançar o sucesso na Copa. O retrato desse perfil é o principal jogador da equipe, o jovem Nicklas Bendtner. O atacante do Arsenal está muito longe de ser considerado um craque ou até um jogador com técnica apurada, porém, compensa com muita dedicação dentro de campo e um senso de posicionamento acima da média. É ele a grande esperança de gols na África do Sul.A dupla de ataque de Bendtner deve ser o experiente Tomasson, com passagens por grandes clubes da Europa e que jogou a Copa de 2002. No meio-campo, Cristian Poulsen, volante da Juventus, dá proteção à defesa, que conta com Agger, do Liverpool. Um time com bons jogadores e um técnico com história na seleção pode ser a receita para a Dinamarca voltar a ser Dinamáquina.

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Site oficial da Copa do Mundo de 2010


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