A África do Sul entra na Copa do Mundo de 2010 com a obrigação de não decepcionar diante de sua torcida. Para isso, o time dirigido por Carlos Alberto Parreira conta também com uma escrita que, ao longo de todas as Copas, foi quebrada uma única vez: nenhum país sede foi eliminado na primeira fase. [nggallery id=14373] Um exemplo da força do fator casa aconteceu em 1954, quando a inexpressiva Suíça jogou em seu território e bateu a Itália, única bicampeã até então (venceu em casa, em 1934). E foram duas vitórias (2 a 1 e 4 a 1). Na época, quando duas equipes que disputavam a segunda vaga do grupo empatavam por pontos, havia uma partida extra para decidir quem avançava. Depois, os suíços pararam nas quartas de final, com derrota por 7 a 5 contra a Áustria, até hoje o jogo com mais gols da história das Copas e, dizem, um dos melhores de todos os mundiais.Na Copa seguinte, em 1958, outro país com menos tradição também cresceu com sua torcida perto. A Suécia avançou em grupo que tinha a poderosa Hungria, então vice-campeã e ainda tirou na semifinal a Alemanha (vitória por 3 a 1), campeã da última Copa. Mas, na final, a grande torcida não conseguiu dar força o bastante para que a equipe parasse o garoto Pelé, mais Garrincha, Didi…Em 1962, a Copa foi no Chile e o país tentava, finalmente, mostrar que na América do Sul existia mais futebol além de Uruguai e Brasil, únicos campeões até aquele momento (uruguaios venceram em casa, em 1930). Os chilenos conseguiram e chegaram à semifinal. Mas o time da casa caiu justamente perante o Brasil, que venceu os anfitriões por 4 a 2, com dois gols de Garrincha e dois de Vavá. O Chile acabou a Copa de 1962 na terceira posição, até hoje a melhor de sua história.Até os inventores do futebol, os ingleses, só foram capazes de ganhar uma Copa do Mundo quando jogaram em casa, em 1966. E ainda venceram porque só o juiz Gottfried Dienst, da Suíça, não viu que o chute de Hurst não havia entrado, depois de bater no travessão e quicar fora do gol da Alemanha. O gol foi validado e deu a vantagem de 3 a 2 no placar, já na prorrogação. Depois, os ingleses ainda marcaram mais um, novamente com Hurst, e comemoraram o inédito título. Fora a taça de 1966, o melhor resultado até hoje da equipe da terra da rainha foi um 4º lugar, na Copa de 1990, na Itália.Em um passado mais recente, podemos citar o título francês, em 1998. No início da Copa daquele ano, ninguém imaginou que o time comandado por Zinedine Zidane fosse chegar tão longe. Venceu o Brasil com sobras na decisão, por 3 as 0, sob a batuta do camisa 10, que anotou dois gols de cabeça.Em 2002, na Copa da Ásia, o eterno saco de pancadas, a Coreia do Sul, alcançou a semifinal jogando em casa. É verdade que teve uma bela ajuda da arbitragem nas oitavas e quartas de finais, contra Itália e Espanha, respectivamente. Pararam na Alemanha, com derrota por 1 a 0. O Japão, também país sede em 2002, ficou nas oitavas de final, eliminado pela Turquia (1 a 0).No total, são sete países campeões mundiais em Copas. Entre eles, todos têm títulos em casa, exceto o Brasil, que foi derrotado na final quando jogou como anfitrião (nem precisa lembrar como foi!). Ou seja, das 18 Copas do Mundo já realizadas, seis, ou um terço delas, foram vencidas pelo anfitrião. Além dos já citados, bom lembrar das vitórias de outros anfitriões, como Alemanha (1974) e Argentina (1978).Que responsabilidade para Carlos Alberto Parreira. Haja vuvuzela para empurrar os Bafana Bafana!

MAIS:
– Conheça as cidades sede com nosso infográfico
– Página especial da Copa do Mundo de 2010 no iG
Site oficial da Copa do Mundo de 2010


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