Após 28 anos, a Nova Zelândia está de volta a uma Copa do Mundo de futebol. Novamente, o lema deve ser: o importante é competir. Apesar de enfrentar seleções praticamente amadoras nas eliminatórias da Oceania, a Nova Zelândia sempre esbarrava na Austrália e raramente tinha a possibilidade de disputar a repescagem que a levaria ao mundial. [nggallery id=14292] A sorte começou a mudar nas eliminatórias para a Copa de 2010, já que a Fifa resolveu acabar com a supremacia australiana no continente e remanejou o país para que disputasse as quatro vagas em jogo na Ásia. Dessa maneira, o caminho estava livre para os neozelandeses. Se vencessem as eliminatórias da Oceania, ainda teriam de passar por um confronto de ida e volta contra o quinto colocado do continente asiático.Assim começaram as eliminatórias, com a Nova Zelândia sabendo que a vaga estava mais perto do que nunca. A primeira fase nem contou com os All Whites, como é conhecida a seleção de futebol do país. A Nova Zelândia entraria automaticamente em um quadrangular final.A decisão dos três países que tentariam roubar a praticamente certa vaga dos neozelandeses saiu nos Jogos do Pacífico Sul de 2007, espécie de competição que contava com algumas ilhas pertencentes ao continente. A maioria das seleções eram praticamente amadoras e algumas nem filiadas à Fifa eram. De qualquer maneira, Nova Caledônia, Fiji e Vanuatu ficaram em primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente, e avançaram de fase.Agora, era a hora de Ricki Herbert, técnico neozelandês desde 2005, levar a equipe de volta ao ponto mais alto do futebol. E Herbert conhece bem o caminho, afinal, fez parte da única participação do país em Copas do Mundo, em 1982. Apesar da fraca campanha naquele ano, em 1984 Herbert se tornou o primeiro neozelandês a defender uma equipe do futebol inglês, ao assinar com o Wolverhampton.A vitória no quadrangular seria uma alegria em dobro, já que, além de dar a possibilidade ao primeiro colocado a chance de disputar uma vaga na Copa, também coroaria o campeão com o título da Oceania. Como era de se esperar, a vitória veio fácil. Nos primeiros cinco jogos, foram cinco vitórias. A derrota contra Fiji na última rodada não foi capaz de atrapalhar a vida da Nova Zelândia.Após a vitória na primeira parte da jornada rumo à Copa do Mundo, a Nova Zelândia ainda teria de esperar nove meses para conhecer seu adversário na repescagem. Campeões continentais, eles teriam uma prévia da Copa do Mundo, jogando com seleções de alto nível mundial, na Copa das Confederações.A primeira partida foi logo contra a Espanha, que não perdia desde 2006. Um massacrante 5 a 0 não surpreendeu ninguém. Na rodada seguinte, mais uma derrota, dessa vez para a África do Sul por 2 a 0. Apesar da eliminação, o último jogo animou a seleção neozelandesa. Eles empataram com o Iraque, então campeões asiáticos, provando que eram capazes de duelar de igual para igual com o quinto colocado daquele continente.Agora que realmente começava o desafio para o país dos esportes radicais. Duas partidas, uma em casa e outra fora, ainda separava a equipe de Herbert da tão sonhada Copa do Mundo. O adversário seria o Bahrein. Na primeira batalha, um 0 a 0 sofrido fora de casa convocou a torcida para apoiar a seleção no segundo confronto. E os fanáticos responderam. Por um dia, a Nova Zelândia, país do rúgbi, se tornou o país do futebol e colocou 35 mil torcedores no Westpac Stadium, em Wellington, recorde absoluto. Em campo, os guerreiros Kiwis não decepcionaram. Venceram por 1 a 0, com direito a pênalti salvo pelo goleiro reserva Paston. Com a classificação da Austrália nas eliminatórias asiáticas, 2010 será a primeira Copa do Mundo com duas seleções da Oceania.Para fazer ao menos um pontinho na África do Sul, a Nova Zelândia conta com o zagueiro Ryan Nelsen, que há muito tempo atua no Blackburn na competitiva Premier League, da Inglaterra. No ataque, Shane Smeltz, eleito o melhor jogador do continente, é a grande esperança de gols. Além dos dois, o goleiro Mark Paston ganhou status de ídolo nacional após defender o pênalti na segunda partida contra o Barein. Ele joga ao menos as duas primeiras partidas da Copa, contra Eslováquia e Itália, já que o antigo titular Glen Moss está suspenso, mas deve voltar no terceiro jogo da primeira fase, diante dos paraguaios.

MAIS:
– Veja o nosso infográfico sobre os estádios da Copa
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– Página especial da Copa do Mundo de 2010 no iG
Site oficial da Copa do Mundo de 2010


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