Imprensa internacional elogia título mundial da Alemanha

Jogadores da Alemanha comemoram título mundial no Maracanã. Foto: J.P.Engelbrecht/ PCRJ
Jogadores da Alemanha comemoram título mundial no Maracanã. Foto: J.P.Engelbrecht/ PCRJ

Não é apenas no Brasil que os jornalistas esportivos da grande mídia apontam o trabalho da Alemanha em futebol nos últimos anos como resultado da ótima campanha na Copa do Mundo deste ano, que terminou com o título sobre a Argentina, domingo (13), no Maracanã, depois da vitória por 1 a 0. Logo após o apito final da partida e a confirmação do tetra (a seleção alemã já havia vencido em 1954, 1974 e 1990), os jornais do mundo todo repercutiram positivamente a conquista e ligaram a vitória ao planejamento que o país faz no esporte desde o início dos anos 2000. A derrota do argentino Lionel Messi em sua primeira final de Mundial da carreira também foi lembrada por muitos veículos de imprensa.

Na Alemanha, a imprensa ainda parece estar de ressaca: o Bild, de Berlim, brinca que, não bastasse tudo o que o time alemão fez no Brasil, os jogadores “ainda” ganharam um título. Já a Deutsch Welle, que também reúne canais de televisão e rádio do país, agradeceu ao Brasil por ter organizado uma Copa tão bonita e pela consequente beleza que a seleção mostrou em campo. O Die Welt, também da capital, faz um mea-culpa por ter criticado o trabalho do técnico Joaquim Löw antes do Mundial, e o elogia dizendo que ele foi o “arquiteto” do título mundial.

Nos outros países da Europa, a imprensa se dividiu entre exaltar o trabalho da Alemanha e a derrota pessoal de Lionel Messi. O De Telegraaf, da Holanda, país com a maior rivalidade futebolística com os alemães, preferiu criticar a escolha da FIFA ao argentino, que foi eleito o melhor jogador da Copa, dizendo que o Arjen Robben foi o verdadeiro craque do torneio. Na Espanha, o Marca diz em sua manchete que os alemães estão “comendo o mundo” e que o título é fruto da mudança feita no futebol local. O Mundo Deportivo e o Sport, da Catalunha, escolheram falar do camisa 10 da Argentina, que joga no Barcelona, noticiando que os jogadores do clube catalão já mandaram mensagens ao atacante e dizendo que ele irá se recuperar novamente atuando com a camisa do time e até chamando-o de “deus”. Na Itália, a Gazzetta delo Sport também fala de Messi, repercutindo a declaração dele dizendo que a seleção sul-americana merece outra final de Copa, e o L’Equipe, da França, elogia o Bayern de Munique, base da Alemanha campeã do mundo.

Na América Latina, o Olé, de Buenos Aires, criticou a imprensa brasileira que comemorou a vitória alemã na decisão, e o La Nacion alertou que os jogadores merecem ser recebidos na capital do país com honras. No Chile também houve contestação ao prêmio de melhor da Copa concedido ao argentino Lionel Messi: o La Tercera, de Santiago, diz que nem Maradona deve concordar com a escolha. No México, o El Universal preferiu elogiar a organização do Mundial no Brasil, dizendo que foi a Copa dos recordes. Na Colômbia, Costa Rica, Equador e Uruguai, outros latinos que estiveram no Mundial, a repercussão da imprensa foi tímida, dando apenas ênfase ao quarto título da Alemanha em espaços menores de suas capas virtuais.


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