Morre um campeão

Na manhã dessa sexta-feira, 24 de agosto, o Brasil perdeu o eterno goleiro do tri, Félix, ídolo do Fluminense e figura essencial na conquista da Copa de 1970, no México. Félix sofria de um efisema pulmonar e estava internado no Hospital Vitória, em São Paulo, há 6 dias. Na manhã de hoje, após algumas paradas cardiorrespiratórias, o ex-atleta acabou morrendo.

Félix, apesar de lembrado, é mais um da vasta lista de ídolos injustiçados que o Brasil tanto gosta de produzir. Na seleção ele era o rochedo que passava a segurança a uma constelação, os deixava tranquilos para que apenas fizessem seu trabalho. Carlos Alberto Torres na direita, Britto e Piazza na zaga e Everaldo na esquerda. No meio, mais recuados, Clodoaldo e Gérson. Daí em diante, era difícil distinguir atacantes e meio-campistas, Pelé, Jairzinho Tostão e Rivelino se alternavam e se complementavam em campo, claro, com destaque absoluto para o Rei do futebol, que justamente na Copa de 1970 foi elevado ao patamar de Deus vivo, o maior de todos os tempos. Com essa constelação, ficava difícil exaltar o discreto Félix, mas quem lembra, sabe que a história poderia ter sido outra se não fosse ele embaixo do poste brasileiro, principalmente nos complicados jogos contra a Inglaterra e contra o Uruguai, na semifinal.

O goleirão começou sua carreira de maneira precoce, com 15 anos se profissionalizou no folclórico Juventus da Mooca, um dos clubes mais tradicionais de São Paulo e que já viveu seus momentos de glória, mas que agora amarga um semi-amadorismo. Félix também passou pela Portuguesa, mas foi pelo Fluminense que ele conquistou suas grandes vitórias e onde ficou até o final de sua carreira, tendo defendido o time das Laranjeiras entre 1968 até 1975.

Adeus Felix, a muralha do Tri!


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