O Brasil está escalado! Luis Felipe Scolari revelou o nome dos 23 que tentarão buscar o hexa. Nos próximos dias, nós da Brasileiros iremos apresentar cada um desses jogadores, além também do técnico Felipão. Um mergulho em suas carreiras, desde o início até o dia da convocação.
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Ramires, como muitos outros, veio de família pobre, família grande, o futebol salvou o que seria, possivelmente, um futuro triste e sofrido. 

Cresceu em comunidade quase miserável no Rio de janeiro e, ainda novo, foi detectado em um torneio amador por olheiros do Joinville, para onde se transferiu em 2005, aos 18 anos de idade.

O corpo franzino e esguio e a capacidade cardíaca acima da média fizeram com que tivesse as primeiras oportunidades no profissional como lateral direito. Em 2006 foi deslocado para o meio de campo, posição onde se destacou e viu sua carreira deslanchar. No início de 2007, após excelentes apresentações no campeonato catarinense, teve seu passe comprado pelo Cruzeiro.

Na Toca da Raposa logo virou titular. As boas apresentações fizeram com que se transformasse também em ídolo da torcida, recebendo o apelido de “Queniano Azul”. Foram três anos em Minas Gerais, Ramires ganhou destaque nacional e, em 2008, foi eleito o melhor volante do brasil ao lado de Hernanes. No ano seguinte foi para Portugal, defender o Benfica.

A única temporada portuguesa de Ramires foi proveitosa, sua equipe terminou com uma supremacia de quatro anos do Porto e levou o nacional, tendo Ramires como um dos principais jogadores. 

As boas atuações fizeram com que o meia fosse enfim notado por Dunga, que o chamou para a Copa do Mundo de 2010. Foi reserva durante a primeira fase, garantiu a vaga entre os onze iniciais na partida de oitavas de final contra o Chile, foi muito bem e seguramente repetiria a titularidades na quartas, não fosse o cartão amarelo que o tirou do duelo. Será que se Ramires estivesse em campo contra a Holanda, a história teria sido outra?

Isso nunca vamos saber, mas o fato é que o brasileiro, diferente de muitos dos seus colegas, saiu valorizado do torneio e acabou sendo comprado pelo Chelsea.

Com moral, Ramires recebeu a camisa número 7 em seu novo clube. Em sua primeira temporada não era titular absoluto, mas quando não começava, acabava entrando ao longo do jogo. Em sua segunda temporada veio a glória, seu maior momento no Chelsea, talvez seu maior momento como jogador de futebol. Após vencer o poderoso Barcelona em casa por 1 a 0, os Azuis tomavam por 2 a 0 fora de casa na semifinal da Liga dos Campeões, resultado que eliminava os ingleses. Ramires pegou uma bola de trás do meio de campo, passou para Lampard, partiu em disparada para o ataque e recebeu lançamento, frio, percebeu o goleiro espanhol saindo e tocou por cobertura, um golaço que mudou a história do jogo. O Chelsea foi para a final e conquistou o torneio, Ramires virou ídolo.

Na Seleção, Ramires sempre se mostrou como um jogador de grupo, as vezes sacrificando suas características para o melhor funcionamento da equipe. Consegue defender com a mesma naturalidade com que ataca e aparece em todos os cantos do campo, característica valorizada por Felipão.


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