Pelo menos 93 pessoas morreram em um atentado suicida contra um hospital em Quetta, no Paquistão, informou hoje (8) o Ministério da Saúde daquele país.
O premier paquistanês Nawaz Sharif lamentou o ataque e expressou “sua profunda tristeza e angústia pela perda de preciosas vidas humanas”. A explosão aconteceu pouco depois que o corpo de Bilal Kasi, um importante advogado da região, ter sido levado ao local. Ele foi morto em um tiroteio.
Ainda não se sabe se os dois episódios estão relacionados. Nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado. Testemunhas dizem que viram pedaços de corpos, sangue e cacos de vidro espalhados pelas imediações do hospital e dezenas de pessoas chorando. Esse é o atentado mais sangrento registrado este ano na região do Baluquistão.
Em março deste ano, após um atentado que matou 72 pessoas na cidade de Lahore, o primeiro-ministro Nawaz Sharif prometeu eliminar os terroristas. Naquela época, o atentado foi reivindicado por um braço do Taleban paquistanês que apoia o grupo extremista Estado Islâmico. O alvo foi um grupo de cristãos reunidos para a Páscoa.
O ataque a bomba em Lahore aconteceu em um parque que estava lotado naquele momento. Apesar do ataque ter como alvo a comunidade cristã, apenas 14 dos já identificados eram cristãos, enquanto outros 44 eram muçulmanos.
Extremistas muçulmanos paquistaneses elevaram o tom contra Sharif nos últimos meses em resposta ao que acreditam ser uma posição muito próxima do governo do Ocidente. No início do mês, o primeiro-ministro reconheceu datas celebradas por minorias religiosas no país, como o festival hindu de Holi e a Páscoa cristã.
* Com Agência Brasil
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