França põe 88 mil homens atrás de 2 suspeitos de ataque a jornal

França mobiliza 88 mil homens para capturar dois acusados de ataque a jornal em Paris - Foto: Reprodução/lemonde.fr
França mobiliza 88 mil homens para capturar dois acusados de ataque a jornal em Paris – Foto: Reprodução/lemonde.fr

 

A polícia da França colocou 88 mil homens na caçada incansável pelos dois acusados do ataque ao jornal Charlie Hebdo, em Paris, que deixou 12 mortos. Segundo informações da imprensa francesa, eles foram vistos na cidade de Aisne, viajando em um carro Clio repleto de “armas de guerra”. Em Paris, a polícia fechou diversas ruas para a possível chegada dos suspeitos. Os jornais da França acompanham ao vivo a busca policia.

 Os irmãos Cherif, de 32 anos, e Said Kouachi, de 34 anos, identificados pela polícia francesa como os supostos autores do ataque, nasceram na França e estavam sendo monitorados pela serviço secreto francês, de acordo com informações do primeiro-ministro francês, Manuel Valls. 

 

 Os irmãos retornaram da Síria no último verão europeu. Cherif Kouachi estava na mira da polícia desde 2008 quando foi condenado a três anos de prisão por fazer parte de um grupo que recrutava possíveis jihadistas. 

O terceiro acusado procurado pela polícia, Hamyd Mourad, de 18 anos, se entregou na noite desta quarta-feira (7) em Charleville-Mezéres, que fica a 230 km a noroeste de Paris. De acordo com informações da polícia, Murad é cunhado de um dos irmãos Kouachi. Sua foto não foi divulgada por questões de segurança.

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A identificação dos suspeitos foi possível porque os autores deixaram um documento de identidade dentro do carro usado. A polícia distribuiu na madrugada desta quinta-feira cartazes com a fotos dos dois suspeitos e pediu a colaboração da população, alertando que os dois homens estão “armados e são perigosos”.

O governo aumentou a segurança nas principais cidades francesas. Paris recebeu mais 400 policias para reforçar a vigilância em lugares públicos, estacionamentos e pontos turísticos. Foram decretados três dias de luto e as bandeiras, em todo o país, estão a meio-pau, com o sinal de condolência às vítimas.

O primeiro-ministro disse ainda que várias pessoas – sete, segundo a polícia – foram detidas por suspeita de ligação com o ataque. Mais de 3 mil policiais continuam “caçando” os autores do atentado que deixou 12 mortos nesta quarta-feira após dispararem com metralhadoras contra funcionários do jornal Charlie Hebdo

Ataque

Os autores do atentado, um dos mais graves da história da França, entraram, na manhã desta quarta-feira (7), na sede do jornal Charlie Hebdo vestidos de preto e com o rosto coberto. Eles estavam armados com fuzis AK-47 e gritaram “Alahu akbar” (“Alá é Grande”).

Aparentemente, eles sabiam que os profissionais estavam juntos em uma reunião que ocorria semanalmente. 

Em seguida, eles começaram a disparar contra aos pessoas, mataram 12 que estavam na redação, a maioria em salas de reunião.  Eles ainda chegaram a chamar o nome de alguns profissionais, como de Stéphane Charbonnier, conhecido Charb, que era diretor do jornal. Além dele, morreram Bernard Verlhac, conhecido como Tignous, de 57 anos; Jean Cabut, que assinava como Cabu, de 76, e  Georges Wolinski, de 80 anos. Além de  Bernard Maris, um prestigiado economista e jornalista que colaborava com o jornal.

Quatro feridos continuam em estado grave no hospital. Até o momento, nenhuma organização reivindicou o ataque.

Paramédicos socorrem vítimas de ataque ao jornal satírico francês Charlie Habdo - Foto: Reprodução/Lefigaro
Paramédicos socorrem vítimas de ataque ao jornal satírico francês Charlie Habdo – Foto: Reprodução/Lefigaro

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