Câmara Federal rejeita acusações de Nisman contra Kirchner

Foto: Reprodução/Twitter/@cfkargentina
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    A Câmara Federal argentina rejeitou nesta quinta-feira (26) as denúncias feitas pelo promotor Alberto Nisman contra a presidente Cristina Kirchner, acusando-a de ter acobertado suspeito iranianos de planejar o atentando contra um centro judaico que deixou 85 mortos e 300 feridos em 1994.

    O jornal local “La Nación” destacou, em sua versão online, que a decisão já era esperada, uma vez que os juízes encarregados pelo caso, Eduardo Freiler, Jorge Ballestero e Eduardo Farah, são conhecidos por ter ditado várias sentenças a favor do governo kirchnerista. Os magistrados alegaram “inexistência de crime”.

    Após a morte de Nisman, o advogado Gerardo Pollicita pediu ao juiz Daniel Rafecas que autorizasse a abertura de uma investigação sobre o caso. O magistrado, no entanto, rejeitou o pedido do procurador, argumentando que não havia provas suficientes para dar continuidade ao processo.

    O procurador da Câmara Federal, German Moldes, entrou com um recurso contra a decisão de Rafecas, que foi rejeitada hoje pelo tribunal com dois votos a favor e um contra. Isso não significa, necessariamente, o fim do processo judicial. Moldes tem agora a oportunidade de recorrer da decisão na Câmara Federal do Supremo Tribunal Federal.

    Histórico – Nisman apresentou a acusação, que também dizia respeito ao ministro de Relações Exteriores, Hector Timerman, e outros líderes políticos, em 14 de janeiro, quatro dias antes de ser encontrado morto com um tiro na cabeça, em circunstâncias ainda não esclarecidas, em seu apartamento em Buenos Aires.
    Nisman defendia que a mandatária teria “decidido, negociado e organizado um plano de impunidade para acobertar os foragidos iranianos acusados pela explosão, com o objetivo de fabricar a inocência do Irã” no caso do atentado contra a Associação Mutual Israelita da Argentina (Amia).


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