Combates no Iêmen deixaram 540 mortos, diz OMS

Foto: Reprodução/ Deutsche Welle
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Os combates das últimas semanas no Iêmen fizeram pelo menos 540 mortos e 1,7 mil feridos, informou nesta terça-feira  (7) a Organização Mundial da Saúde (OMS). A Cruz Vermelha também alertou para uma situação humanitária “muito crítica” no país.

Os números da OMS são relativos ao período de 19 de março a 6 de abril, disse um porta-voz da organização, Christian Lindmeier, em coletiva de imprensa em Genebra.

“Pelo menos 74 crianças foram mortas e 44 feridas desde 26 de março”, disse um porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Christophe Boulierac, acrescentando que um milhão de crianças não podem ir à escola devido ao conflito.

Equipes do Unicef estão no local para tentar determinar as circunstâncias dessas mortes, observou o porta-voz, afirmando que o balanço se refere a “vítimas diretas de armas” e vítimas de “consequências indiretas do conflito”, como a falta de água potável e material médico.

O conflito no Iêmen acentuou-se em fevereiro com a tomada da capital, Sanaa, pelas milícias xiitas huthis, aliadas do ex-presidente Ali Abdallah Saleh e apoiadas pelo Irã, a fuga do atual presidente Abd Rabbo Mansur Hadi para a segunda maior cidade do país, Aden, e, perante o avanço dos rebeldes para a Arábia Saudita.

O avanço dos rebeldes tem enfrentado a resistência dos combatentes dos comités populares leais ao atual presidente e, desde 26 de março, de uma coligação de países árabes liderada pela Arábia Saudita.

Segundo uma porta-voz da Cruz Vermelha em Sanaa, Marie-Claire Feghali, a situação humanitária no país é “muito crítica” e, em Aden, onde se registam violentos combates todos os dias, “catastrófica”.

O país, explicou a porta-voz, “importa 90% dos produtos alimentares” e, com o conflito, as ligações aéreas e marítimas foram cortadas e as infraestruturas estão danificadas.

“O mínimo que podemos dizer é que a situação é catastrófica em Aden, onde a guerra se instalou em todos os cantos da cidade, falta comida, água e eletricidade e 800 mil moradores não conseguem sequer fugir”, disse Marie-Claire.


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