Edição histórica do Charlie Hebdo chega ao Brasil

Foto: Reprodução/liberation.fr
Foto: Reprodução/liberation.fr

Após atraso devido a problemas logísticos, a edição histórica do jornal Charlie Hebdo, a primeira após o atentado que deixou 12 mortos na redação da publicação em Paris, chegou ao Brasil nesta quinta-feira (29), ao preço de R$ 29,90.

 De acordo com a distribuidora, 10 mil edições foram disponibilizadas e serão vendidas em São Paulo, Rio de Janeiro e outras 15 capitais.

A edição que traz o profeta Maomé na capa dizendo “Eu sou Charlie” — frase popularizada em protestos pela liberdade de expressão desencadeados por episódio — foi traduzida para 16 idiomas (apesar de chegar ao Brasil na sua versão em francês).

Ela foi lançada na França uma semana após o atentado, em 14 de janeiro, com uma tiragem inicial de 1 milhão de exemplares, que ficaram esgotados em poucas horas. Até o momento, 5 milhões de unidades já foram vendidas somente no país. Um recorde para o pequeno satírico, que costuma vender cerca de 60 mil cópias por mês.

Próxima edição

A próxima edição do jornal satírico francês Charlie Hebdo não deve sair antes da primeira metade de fevereiro, segundo o diário Libération.

O último número do semanário foi publicado no dia 14 de janeiro, quarta-feira seguinte ao ataque, e trazia uma charge do profeta Maomé na capa. Até o momento, a edição teve uma tiragem de 7 milhões de exemplares, sendo 6,3 milhões na França e 700 mil no exterior.

Segundo o advogado do Charlie Hebdo, Christophe Thévenet, a equipe do satírico precisa de tempo para fazer o próximo número.

No momento, os funcionários estão debruçados sobre questões ligadas ao futuro do semanário, começando por quanto tempo eles continuarão trabalhando na redação do Libération, que os abrigou após o atentado.

Contudo, os jornalistas do Charlie Hebdo garantem que ele continuará existindo, apesar das dificuldades.

 


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