Em missa de Natal, papa fala de indiferença e consumo

Cristo Redentor é iluminado com projeções de imagens natalinas e do papa Francisco. Foto: Lucena/ Pirelli /Fotos Públicas (23/12/2015)
Cristo Redentor é iluminado com projeções de imagens natalinas e do papa Francisco. Foto: Lucena/ Pirelli /Fotos Públicas (23/12/2015)

O papa Francisco celebrou nesta quinta-feira (24) a tradicional missa de Natal, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, abrindo o calendário de eventos natalinos. Neste ano, a missa coincidiu com os eventos realizados em todo o mundo por ocasião do Ano Santo da Misericórdia (Jubileu), convocado pelo papa Francisco e iniciado oficialmente em 8 de dezembro.

Sendo assim, para o papa, este é o Natal da Misericórdia, tema presente em grande parte dos seus discursos e mensagens, inclusive na missa. “Em uma sociedade intoxicada pelo consumo e pelo prazer, pela abundância e pelo luxo, pela aparência e pelo narcisismo, o nascimento de Jesus convida a um comportamento sóbrio, isto é, simples, equilibrado, linear, capaz de capturar e viver somente no essencial”, disse o papa.

Citando a “cultura da indiferença”, Francisco também pediu que os cristãos vivam “com compaixão, empatia e misericórdia, elaborados diariamente a partir de um poço de oração”. Segundo ele, é preciso lutar contra a “indiferença que domina o coração de quem não consegue sentir o bem, porque tem medo de perder alguma coisa”.

“O menino Jesus nos ensina o que é verdadeiramente essencial. Nasceu na pobreza do mundo, porque Ele e sua família não tinham lugar em um hotel. Eles encontraram apoio em um estábulo e, depois, o colocaram em uma uma manjedoura para animais. Deste nada, nasceu a luz da glória de Deus”, exaltou o papa. “A partir daqui, para os homens de coração simples, começa o caminho da verdadeira libertação e da redenção”. A missa começou oficialmente às 21h30 locais (18h30 de Brasília). A liturgia foi precedida pelo canto da Kalenda. Além de Francisco, presidiram a celebração bispos e sacerdotes. As homenagens em flores foram carregadas por crianças da Bélgica, Itália, Quênia, Uganda, República Centro-Africana, Filipinas, Sri Lanka, México e Estados Unidos.


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