Milhares de pessoas se reuniram no domingo (24) na praça Taksim, em Istambul, maior cidade da Turquia, para defender a democracia no país e protestar contra a “caça às bruxas” que o governo de Recep Tayyip Erdogan vem promovendo no país. Desde o fracassado golpe militar, em 15 de julho, muitas liberdades individuais dos turcos foram suspensas e milhares de pessoas detidas.
Apesar do caráter contestatório, já que foi organizada pelo partido opositor a Erdogan, o CHP, a manifestação foi autorizada pelas autoridades de Ancara, capital turca, que até enviaram representantes para a praça.
Até este domingo, 13.165 pessoas foram presas por suposta ligação com a tentativa de golpe. De acordo com o mandatário, 8.838 são militares (incluindo 123 generais e almirantes), 2.101 são juízes, 1.485 são policiais, 52 são autoridades administrativas e 689 são civis.
Entre esses, está a prisão do considerado “braço direito” do imã Fethullah Gulen, Halis Hanci. Erdogan acusa Gulen, de quem já foi aliado, de estar por trás da tentativa de golpe. O religioso, no entanto, está morando nos Estados Unidos.
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*Com Agências
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