Militar que revelou crimes de guerra dos EUA terá pena reduzida

Chelsea Manning é uma militar transexual. Foto: Reprodução/Facebook
Chelsea Manning é uma militar transexual. Foto: Reprodução/Facebook

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, determinou a libertação da analista do Exército Chelsea Manning, que havia sido condenada a 35 anos de prisão por revelar documentos secretos diplomáticos e militares ao site WikiLeaks que comprovam práticas criminosas do governo norte-americano. Chelsea Manning é uma militar transexual, que está presa em Fort Leavenworth, no estado de Kansas. A sentença dela foi a maior punição já dada nos Estados Unidos a um condenado por vazamento de informações.

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Chelsea, que antes era conhecida pelo nome de Bradley Manning, solicitou ao presidente Obama que, antes do fim de seu governo, reduzisse a pena. Obama determinou que ela seja libertada em maio. A militar já tentou suicídio por duas vezes e já fez greve de fome na prisão. Após ser presa em 2010, ela foi confinada à solitária durante 11 meses e teve assistência médica negada para dar continuidade a sua transformação de gênero. Na época, a ONU denunciou o governo dos Estados Unidos por tratamento cruel, desumano e degradante a Manning.

Chelsea é considerada uma heroína pelos setores norte-americanos que se opõem às guerras. Entre outros registros, revelou um vídeo de um ataque dos Estados Unidos a civis no Iraque, no qual dois jornalistas da Reuters foram mortos e duas crianças ficaram feridas. A Justiça americana a condenou por traição.

Assista a um trecho do vídeo vazado ao Wikileaks:

Na mesma decisão que beneficiou Chelsea Manning, o presidente também concedeu a comutação da pena a 208 pessoas e indultos a 64 presos, em um de seus últimos atos antes de deixar o governo na próxima sexta-feira (20).

*Com Agência Brasil


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