O papa Francisco iniciou neste sábado (13) sua agenda de compromissos no México, em sua quarta viagem para o território americano desde que foi eleito líder da Igreja Católica, em março de 2013.
No encontro com o presidente mexicano Enrique Peña Nieto, Francisco criticou a corrupção e a chamada “cultura do descarte” . “A experiência nos mostra cada vez mais que quem opta pelo caminho dos privilégios e dos benefícios para poucos, cedo ou tarde a vida social se torna um cultivo de corrupção, tráfico de drogas e exclusão de diferentes culturas, de violência e de tráfico de pessoas, sequestros e mortes, as quais causam sofrimento e criam obstáculos ao desenvolvimento”, disse.
O papa também ressaltou que o México “é um grande país” e que o governo “pode contar com a colaboração da Igreja Católica”. Francisco disse que “uma cultura ancestral e um capital humano esperançoso” como o do México devem ser “fonte de estímulo para novas formas de diálogo” destinadas a resolver os problemas do país.
O presidente mexicano defendeu o Estado laico vigente no país, que é o segundo maior com número de católicos do mundo, e disse que “proteger a liberdade religiosa protege a diversidade humana”.
Cuba
Antes de sua viagem ao México, Francisco foi a Cuba para se encontrar com o Cirilo I, patriarca de Moscou e líder da Igreja Ortodoxa Russa. Foi a primeira reunião na história entre os líderes religiosos.
Segundo o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, a reunião é um “grande sinal de esperança” e um “momento que dá coragem e ânimo para continuar tentando construir mais relações de ponte, encontro e diálogo”.
O encontro acontece em um momento no qual Francisco tem insistido na questão da união entre os cristãos, principalmente por conta das perseguições no Oriente Médio e na África pelo jihadismo islâmico
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