A edição 2016 de Wimbledon começou nesta semana, na Inglaterra. O torneio de tênis mais antigo da história, que teve sua primeira edição em 1877, quando o esporte era restrito aos nobres, traz regras e costumes curiosos para os dias de hoje.
O torneio é o único do circuito da ATP (Associação de Tenistas Profissionais) que é disputado em quadra de grama, piso que na criação do esporte era usado com mais frequência, mas foi deixado de lado devido ao alto custo de manutenção.
A tenista Maria Ester Bueno ganhou o torneio três vezes e foi a única brasileira a vencer na terra da rainha. Em 2013, Andy Murray foi o primeiro britânico a se tornar campeão após 136 anos de existência do campeonato. O tenista argentino Andre Agassi se recusou a participar no início de sua carreira devido à proibição de roupas coloridas, uma de suas principais características.
O vestuário é umas das marcas registradas de Wimbledon. Todos os atletas são obrigados a vestir branco, desde o tênis até a munhequeira e a faixa na cabeça. A cor foi adotada pelos nobres ainda no século 19, com a justificativa de minimizar o efeito do suor nos atletas. Em 2013, o suíço Roger Federer quase foi desclassificado por usar um tênis com a sola laranja.
Os árbitros, que são caracterizados com gravatas verde e roxa, levam as regras ao pé da letra. Ao longo dos anos, o costume passou a ser abolido pelos grandes campeonatos, como Roland Garros e U.S Open, mas, na terra da rainha, a vestimenta continua a mesma de séculos atrás.
Nesta edição, a Nike, fornecedora de materiais esportivos para diversos atletas, resolveu inovar ao escolher um modelo um tanto quanto peculiar, que gerou desconforto entre as tenistas. Segundo o jornal The New York Times, os modelos confeccionados pela marca se assemelham ao estilo Babydoll, desenvolvido pela designer Sylvia Pedlar em 1942, em meio à escassez de tecido durante a Segunda Guerra.
Algumas atletas reclamam que o vestido é muito curto. Outras disseram que a roupa atrapalha a execução dos movimentos por ser muito solta. Para diminuir esse efeito, a tenista britânica Katie Boulter colocou uma faixa de cabelo na cintura durante o jogo para deixar o vestido mais justo.
Devido à repercussão do modelo, a Nike mandou uma mensagem para suas atletas dizendo que faria adequações ao traje. Enquanto as alterações não são feitas, a marca disponibilizou aos atletas roupas mais tradicionais, como saias e camisetas.
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