A crise na Ucrânia e a situação dos cristãos no Oriente Médio estarão entre os temas da reunião desta quarta-feira (10) entre o papa Francisco e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no Vaticano.
Criticado por líderes ocidentais pelo seu suposto envolvimento nos conflitos em Donetsk e Lugansk, o mandatário fará um tour pela Itália em busca de apoio. O encontro com o Pontífice acontecerá durante a tarde, e os dois também conversarão sobre a possibilidade de realizarem “contatos futuros”.
No entanto, o conselheiro diplomático de Putin, Yuri Ushakov, disse que não sabe se isso significa uma eventual visita de Jorge Bergoglio a Moscou. “Se o Papa mostrar interesse, não tenho dúvidas de que o presidente estará pronto a esclarecer detalhadamente a posição da Rússia sobre a crise ucraniana”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Em Roma, o russo também será recebido pelo chefe de Estado da Itália, Sergio Mattarella. No entanto, antes de passar pela capital, o mandatário irá a Milão, onde visitará a Expo 2015 e se reunirá com o primeiro-ministro Matteo Renzi. Os dois líderes devem dar uma coletiva de imprensa conjunta.
Esse será o segundo encontro no ano entre eles, após a viagem do premier italiano à Rússia no último dia 5 de março. A viagem de Putin ao país da bota deve terminar com um jantar em Roma com seu amigo Silvio Berlusconi.
Grande defensor do presidente, o ex-primeiro-ministro chegou até a criticar o G7 por ter excluído Moscou do grupo, chamando as decisões tomadas por diplomatas ocidentais em relação à Rússia de “contraproducentes”.
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