Pré-candidato à Presidência da República em 2018, Ciro Gomes (PDT) disse, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que “não tem vontade” de ser candidato caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja. Ciro afirmou também que não aceitará ser vice de ninguém: “Menos em homenagem ao Lula e mais porque a tendência é ele polarizar o processo. (…) Vou ter um papel nobre, vou lá para meus 12%, 15% no mínimo, mas daí dizer para o povo que acredito que vou ser presidente… Não consigo mentir desse jeito”.
O ex-ministro de Lula defende que a candidatura do petista é um “desserviço” a ele e ao País: “Na melhor das hipóteses, ganha e projeta essa confrontação odienta que está rachando o país. Mas a probabilidade de polarizar e perder é muito alta”.
Ciro também criticou a condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães e explicou o que quis dizer ao falar, em entrevista ao jornalista Luis Nassif, que receberia a equipe do juiz Sergio Moro “a bala” caso fossem prendê-lo: “Desta vez foi um blogueiro, mas amanhã pode ser um repórter da Folha. Não está certo. No momento que o país passa por um golpe de Estado, não podemos nos acovardar diante do autoritarismo”.
O ex-ministro critica o “exibicionismo midiático” de Moro: “ir ao Facebook agradecer o apoio de todos, as gravatinhas borboletas em todo tipo de solenidade, a confraternização descuidada com possíveis réus, a fraude com a gravaçao da presidente Dilma. Tudo isso semeia a semente de matar essa coisa importante que seria a Lava Jato, que ainda pode ser o momento de virada na impunidade”.
Sobre o presidente Michel Temer, Ciro diz que, “para além de ser essa coisa constrangedora de chefe de quadrilha, sendo um velho e notório malversador de dinheiros públicos, virou chefe de um governo de patetas”.
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