O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode ter utilizado contas no exterior para repassar propinas a aliados, suspeita a Procuradoria-Geral da República.
Em delação premiada, empresários da Carioca Engenharia teriam dito que Cunha pagavam aliados por meio de instituições bancárias estrangeiras. O dinheiro teria sido desviado do fundo de investimentos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para o projeto Porto Maravilha, no Rio, informa edição desta segunda-feira do jornal Folha de S.Paulo.
Cunha teria cobrado dos empresários nada menos do que R$ 52 milhões em propina para favorecer a empresa. Quem intermediava a ação seria Fábio Cleto, aliado do peemedebista e ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal e integrante do conselho do fundo de investimento.
Na semana passada, a Procuradoria pediu ao STF a abertura de um novo inquérito contra cunha por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro no projeto do Porto maravilha. No começo do mês, o Supremo aceitou abrir a primeira ação penal da Lava Jato no tribunal ao tornar Cunha réu da ação por suspeita de receber propina no esquema de corrupção na Petrobras.
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