“Cunha usou o cargo para fazer manobras, constranger deputados e interferir em investigações”

Tereza Campelo, ministra - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Tereza Campelo, ministra – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O País acordou na manhã desta quinta-feira (5) com a notícia de que o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki iniciou o processo de afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Lamentado pela sua tropa de choque, o episódio foi um alívio para governistas. “O afastamento do deputado Eduardo Cunha da Presidência da Câmara dos Deputados, embora tardio, deve ser comemorado”, disse a ministra Tereza Campello, do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, à Brasileiros.

Para a ministra, o fato de Cunha ter conduzido o processo de impeachment da presidenta poderia significar que a ação não é legítima.”Quem deu entrada e conduziu esse golpe contra o Estado Democrático de Direito no Brasil foi o Cunha, que usou do cargo pra fazer manobras, constranger deputados e interferir em investigações. Qual é a legitimidade deste golpe conduzido por um réu? Nenhuma”, afirma Campello.

Na tarde desta quinta, os ministros Luiz Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello votaram a favor do afastamento de Cunha, confirmando a decisão de Zavascki.

Responsável pela gestão do programa Bolsa Família, Tereza alerta que o impedimento prejudicaria principalmente os brasileiros mais pobres. “Esse golpe não pode ser levado à frente, principalmente, porque é um golpe contra os pobres do nosso País.”


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