O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados deve decidir nesta terça-feira (14) a cassação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com ligeira vantagem, o parlamentar conta com o voto da deputada Tia Eron (PRB-BA) e com manobras que tentam evitar sua cassação caso ele perca por apenas um voto.
No momento, Cunha tem vantagem de 10 votos a 9. Tia Eron, pressionada pelo Planalto e PRB, pode votar por Cunha e enterrar o processo. Mas se ela empatar o placar, o voto de minerva será do presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), desafeto declarado do peemedebista.
A principal manobra em articulação foi o envio para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, de um pedido para mudar as regras de cassação de mandato. A ideia é que o plenário da Câmara, que é quem decide em votação aberta o relatório do Conselho de Ética, tenha autorização para fazer emendas ao texto, permitindo, por exemplo, uma pena mais branda para Cunha, como a suspensão de seu mandato por três meses.
Outra proposta levada a Cunha é que ele renuncie à presidência da Casa em troca de apoio para manter o mandato de deputado. Nos bastidores, no entanto, Cunha rejeita essa opção.
Se a cassação passar pelo Conselho, o deputado será oficialmente cassado com 257 votos dos 513 deputados.
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