O governo do Estado de São Paulo confirmou que deixou de abrir classes da 1ª série do ensino fundamental e do 1º ano do ensino médio (as chamadas “séries de entrada”) em 158 escolas neste ano, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Os pais dos alunos temem que a medida sinalize o início do processo de fechamento dessas unidades.
Em setembro do ano passado, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou o fechamento de 93 escolas. Os alunos se mobilizaram contra a iniciativa e ocuparam 196 colégios no Estado. Diante dos protestos, o governo acabou recuando e suspendeu a reestruturação. O então secretário de Educação, Herman Voorwald, pediu demissão.
Apesar do recuo, as iniciativas adotadas pelo Estado neste ano sugerem que o fechamento das escolas não foi suspenso. No ano passado, o jornal revelou que algumas escolas na capital estavam vetando a realização de matrículas nas séries iniciais. Essa medida sinaliza que, a médio prazo, todas essas 158 escolas serão fechadas.
Em nota, a Secretaria Estadual da Educação negou que esteja promovendo uma “reorganização velada”. Ela afirma que “todo pedido de matrícula é atendido na rede estadual”, mas que existem “613 mil cadeiras vazias” na rede, em classes já existentes.
O governo alega que não abriu turmas em 73 unidades devido à falta de demanda. Em outras 24 escolas, a secretaria alegou fatores excepcionais. O Ministério Público disse, segundo o jornal, que pedirá mais esclarecimentos sobre o fechamento das escolas.
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