O governo de Geraldo Alckmin (PSDB) proibiu a realização de manifestações na avenida Paulista neste domingo (4) sob o pretexto de que ali é um lugar de “passagem da tocha paraolímpica, que integra a cerimônia oficial dos Jogos Paraolímpicos Rio 2016”.
A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo afirmou que até o momento não recebeu comunicados de atos nos próximos dias, embora protestos tenham sido marcados para este domingo na avenida. Um deles foi convocado pela Frente Povo Sem Medo, que reúne movimentos de esquerda.
Nesta quarta-feira (3), sete pessoas ficaram feridas na capital paulista após confrontos com a Polícia Militar em protestos contra a posse de Michel Temer na Presidência. A manifestante Deborah Fabri, de 19 anos, ficou cega do olho esquerdo em razão de uma bomba lançada pela Polícia Militar. Ao menos 20 mil pessoas participaram do ato, segundo a Frente Brasil Popular e a CUT. A PM não quis divulgar números.
Na nota, a SSP diz que “respeita o direito de manifestação” e que está “empenhada em garantir a segurança dos manifestantes”. Durante o protesto de quarta-feira, os agentes dessa mesma Secretaria de Segurança Pública espancaram dois fotógrafos que faziam a cobertura do ato. Vinicius Gomes, 19, foi agredido por um grupo de policiais e teve a câmera destruída; ao ver o colega ser agredido, o repórter fotográfico William Oliveira tentou fotografar a agressão e foi atacado por outro grupo. “Eles deram uns quatro socos na minha orelha e apagaram o cartão de memória da minha câmera”, disse Oliveira.
Os dois fotógrafos, um deles com ferimentos na cabeça, foram inicialmente levados pelos policiais militares ao 2º DP, mas o delegado não registrou a ocorrência.
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