Em nova manifestação contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou a população a sair às ruas no próximo dia 17, o chamado “dia D”, data prevista para a votação do impedimento presidencial. No comício em São Bernardo do Campo (ABC Paulista), o petista aproveitou para mandar um recado a Michel Temer (PMDB-SP), vice-presidente que se uniu à oposição para derrubar Dilma.
“Não tenho nada contra o Michel Temer”, disse ele aos presentes. “A única coisa que poderia falar é, ‘companheiro Temer, se você quer ser presidente, dispute a eleição, meu filho’.” Vagner Freitas, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), pegou mais pesado: “Se alguém achar que Temer vai ser um golpista na presidência, no primeiro dia vamos combatê-lo até retirá-lo”.
Lula lembrou que Dilma precisa da esquerda mais do que nunca e convocou os presentes para saírem às ruas no domingo do dia 17: “No dia da votação do impeachment, temos que ir para as ruas”.
Sobrou também para Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), um dos maiores apoiadores do impedimento. Lula sugeriu que os movimentos sociais questionem a origem do dinheiro que banca as manifestações contra o governo.
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